- Dois estudos recentes que avaliaram milhares de pacientes com a Covid-19 não encontraram benefícios no uso da hidroxicloroquina para o tratamento da doença
- Os efeitos colaterais do medicamento vêm sendo apontados em diferentes estudos e preocupam autoridades de saúde, que alertam para os riscos do uso sem um rígido controle
- Apesar dos alertas, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o uso da cloroquina para tratar pacientes diagnosticados com Covid-19
Na última quarta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro voltou a recomendar o uso da cloroquina (e seu derivado menos agressivo, a hidroxicloroquina) para tratar pacientes diagnosticados e com sintomas leves da Covid-19. Dias antes, o medicamento ganhou as manchetes de jornais ao redor do mundo, mas por outro motivo. Resultados dos dois maiores estudos já realizados com a droga para o tratamento da Covid-19 indicaram que seu uso em pacientes internados com a doença não trouxe benefícios, como a redução na letalidade ou no tempo de internação. Além disso, efeitos colaterais como a arritmia cardíaca vêm sendo observados em muitas pesquisas, levando a Associação Médica Americana a emitir um comunicado pedindo que o uso da cloroquina fosse limitado a estudos clínicos e dentro de hospitais sob rigoroso controle.
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