O bilionário Jorge Paulo Lemann, um dos sócios do fundo 3G, disse que fez seus melhores negócios em momentos de crise. Ele afirmou que as empresas, é claro, precisam tomar medidas para sobreviverem nesse período, buscando melhorar o caixa e ampliar a eficiência, mas que são nessas ocasiões que surgem muitas oportunidades.
“Todas as crises que eu passei foram duras e eu sofri, não sabia como chegaria ao fim, mas alguma oportunidade apareceu”, comentou, em evento online promovido pelo Fórum da Liberdade.
Segundo ele, foi assim, em 1971, com a compra de uma pequena corretora, a Garantia, que se tornou o Banco Garantia.
Outro exemplo foi a aquisição em 1981 das Lojas Americanas, ao lado de seus sócios na 3G Marcel Telles e Carlos Alberto Sucupira. “Nessa época ninguém queria comprar ativos”, comentou.
Foi o mesmo com aquisição da cervejaria Brahma, que marcou o início do império das bebidas do trio. Lemann citou, ainda, que foi em meio à crise financeira de 2008 que veio a compra da Anheuser-Busch.
“Acho que a oportunidade não é apenas comprar barato, é que certas coisas que não estavam disponíveis passam a ficar, passamos a olhar os negócios em formatos diferentes e a operar de formas diferentes”, comentou.
Polarização
Para Lemann, um dos problemas que mais afetam o Brasil nos últimos anos é a polarização. “Nada é muito resolvido, nada anda. Esperaria que essa crise gerasse mais bom senso, mais pragmatismo para resolver nossos problemas.”
Jorge Paulo Lemann tem um fortuna estimada hoje de $23 biliões(115 bilhões de reais), e é o segundo Brasileiro mais rico do mundo, perdendo apenas para Joseph Safra.
ESTADÃO CONTEÚDO
0 Comentários