22/04/2020
08:48

Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês), dos EUA, divulgou um documento no qual contraindica o uso de hidroxicloroquina e azitromicina para tratamento da Covid-19. A entidade também não indica o uso de lopinavir/ritonavir, drogas que também estão em estudo para tratar a doença.

A recomendação foi elaborada por um painel de especialistas com representantes de pelos menos 13 entidades, como agências governamentais (entre elas a agência que regula remédios, a FDA ,e o Centro de Controle de Doenças, o CDC) e associações médicas americanas.

Segundo o documento, o uso das drogas citadas só deve ser feita em ensaios clínicos.

A associação de hidroxicloroquina e azitromicina é desencorajada por causa de sua potencial toxicidade. Com relação somente à hidroxicloroquina e à cloroquina, o Niaid afirma que ainda não há dados suficientes para uma indicação a favor ou contra as drogas no tratamento da Covid-19. O documento alerta, contudo, que o uso deve ser acompanhado de monitoramento dos efeitos adversos, considerando o risco de alterações cardíacas e mal súbito.

O documento também afirma não haver evidências para indicação ou desencorajamento do uso do remdesivir, também em estudo contra a doença.

As recomendações reproduzem a cautela de Anthony Fauci, diretor do Niaid, quanto ao assunto e se contrapõem ao otimismo do presidente republicano Donald Trump em relação à droga, situação que lembra os diferentes tons do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e do presidente Jair Bolsonaro.

“É tudo baseado em dados”, disse Susan Swindells, membro do painel responsável pelas recomendações e professora na Universidade de Nebraska, à NPR. “Nós olhamos tudo que estava disponível. Não tinha nada funcionando maravilhosamente bem.”

As recomendações devem ser atualizadas conforme novos dados surgirem. Swindells também disse à NPR que existe a possibilidade de atualização quanto ao remdesivir já na próxima semana.

ESTUDO AMERICANO NÃO MOSTRA EFEITO DE HIDROXICLOROQUINA E AZITROMICINA

Um novo estudo americano ainda não publicado e revisado por pares analisou uso de hidroxicloroquina e azitromicina em pacientes internados de Covid-19 e não observou eficácia do tratamento em reduzir mortes ou necessidade de respiração com auxílio de máquinas.

FOLHAPRESS

Publicado por: Chico Gregorio

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