
Pressão. Essa é a palavra que define as últimas semanas da deputada federal Natália Bonavides (PT). Nome mais lembrado do campo progressista pelos eleitores de Natal na disputa pela sucessão de Álvaro Dias (MDB) à prefeitura em 2020, a parlamentar não abre mão de continuar na Câmara dos Deputados. Mas não tem sido fácil, ela mesma admite. A pressão tem vindo de todos os lados. Se as ruas citam o nome de Natália, o PT também pressiona usando todas as armas possíveis.
A presidenta do PT Gleisi Hoffman disse durante o Congresso Nacional da sigla em novembro de 2019 que gostaria de ver Natália Bonavides sentada na cadeira de prefeita. Até o ex-presidente Lula já questionou a petista potiguar sobre a candidatura. Ela e a principal liderança do PT no Brasil ainda devem sentar para uma conversa franca nas próximas semanas.
Em nível local, a pressão também é grande nos bastidores. O presidente estadual do PT Júnior Souto já avisou que o partido vai usar o poder de persuasão do ex-presidente da República para convencer a deputada. Já a governadora Fátima Bezerra observa de longe o desenrolar das articulações na capital.
Jovem e carismática, Natália vem acumulando capital político eleitoral desde 2016, quando saiu das urnas com mais de 6 mil votos e o título simbólico de vereadora mais votada da história do PT em Natal. Dois anos depois, mais uma vitória expressiva. Candidata à deputada federal, foi a mais votada de Natal com 44 mil votos e a segunda maior votação entre todos os candidatos do pleito, contabilizando 112.998 votos.
Nesta entrevista à agência Saiba Mais na véspera do réveillon, Natália Bonavides explica porquê prefere ficar no Parlamento e faz um balanço do primeiro na Câmara Federal:
Saiba Mais: O seu nome aparece em todas as pesquisas como a principal candidata do PT com chances de ir ao 2º turno contra o atual prefeito Álvaro Dias (MDB). Você será candidata à prefeitura de Natal em 2020 ?
Natália Bonavides: Eu me sinto muito lisonjeada e orgulhosa de ver esse reconhecimento do nosso trabalho. Um ano de trabalho como deputada, depois de dois anos do mandato de vereadora e ver que a cidade se reconhece e se identifica com esse trabalho em alguma medida, isso é muito gratificante, não deixa de ser uma expressão de reconhecimento. Mas não é só isso que deve embasar uma decisão tão importante. E pela avaliação política que tenho feito até agora acredito que minha tarefa nesse momento é na Câmara, no Parlamento. Quando saí candidata a deputada federal, e algumas pessoas contestaram, não entenderam, foram contra, achando que eu deveria sair à deputada estadual….
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