
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) apresenta na terça (29) à Comissão de Infraestrutura seu relatório do novo marco das ferrovias. A proposta prevê três modelos de construção ou utilização da malha ferroviária: concessão, autorização e permissão. Caberá ao governo definir qual será utilizado
Hoje, o Brasil só tem duas linhas intercidades, ambas operadas pela Vale dentro de um esquema no qual fazem viagens eventuais em trilhos que escoam vagões de minérios (Minas-Vitória e Carajás).
Os 1.100 km de rede usados por passageiros são basicamente de metrôs e trens urbanos.
A China tem, por exemplo, 12.000 km só de linhas de trem-bala, e o metrô de Xangai é o maior do mundo, com 676 km.
O Brasil tem 15% de seu transporte de carga feito sobre trilhos, 65% em rodovias e 20% por vias aquáticas e outras. Nos EUA, 43% vão de trem, 32% sobre pneus, e 25%, por outros meios.
Para 2019, a Inter.B prevê uma expansão de 35,2% no investimento em portos, que deverá ser 83% privado. Isso decorre de regras melhores, como a lei de 2012 que abriu o uso dos portos.
O topo foi em 1982, com 58,2%, pois ali estavam frutificando os grandes projetos da ditadura nos anos 1970, como a hidrelétrica de Itaipu. Desde 1993, a queda foi praticamente contínua, com soluços.
Outro fator que ameaça o setor de infra é, obviamente, uma crise mundial decorrente da guerra comercial entre EUA e China, além do desempenho claudicante do PIB brasileiro após os anos de recessão de 2015-16.

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