05/11/2018
16:39

Sidharta John (reprodução Twitter)

Um atropelamento no fim de semana na praia de São Miguel do Gostoso, no litoral Norte, e do qual foi alvo o médico Ugo Lemos Guimarães, colocou o assunto em destaque nos veículos de imprensa da Paraíba, estado natal do médico.

Até o momento, a cobertura do caso tratava o assunto afirmando que o suspeito do atropelamento, que não foi identificado até então, fugiu sem prestar socorro.

O outro personagem desta narrativa é o promotor de Justiça Sidharta Jonh Batista, que atua na Comarca de Goianinha, e que concedeu entrevista sobre o assunto.

De acordo com ele, a versão de que ele fugiu e não prestou socorro não procede. Ao BlogdoBG, ele explicou que assim que o atropelamento aconteceu, ele se mobilizou para levar à vítima ao hospital.

O atropelamento foi provocado pela perda de controle de um quadriciclo.

Na mesma sequência de eventos, disse ele, Sidharta começou a ter sintomas de crise de pânico, quando ele escalou um amigo para prestar toda a assistência à vítima e se dirigiu também ao hospital, em Natal.

Sidharta reiterou ao blog que nunca pensou em deixar a vítima sem assistência e que, como já enfrentou problemas de saúde cardíacos, temia que os sintomas desencadeassem algo mais grave.

O médico foi transferido para João Pessoa e tem quadro estável após passar por cirurgia. Ele teve lesões nas mãos, face e coluna cervical.

Ainda na sexta, quando aconteceu o fato, John procurou a Associação do MPRN para narrar o que aconteceu e recebeu a orientação para comunicar os eventos ao procurador-geral de Justiça, Eudo Rodrigues Leite.

A orientação que recebeu é que, por não se tratar de incidente que demandava prisão em flagrante, ele poderia se apresentar ao seu superior na segunda-feira (5), o que, segundo afirmou John, foi feito.

Contra o promotor será instaurado procedimento criminal para apurar as circunstâncias do caso. Os resultados podem ir de arquivamento à oferta de ação penal. Será determinante para o caso definir se a conduta do promotor foi dolosa (quando há intenção) ou culposa (sem intenção).

Contato

O promotor também contou que procurou a família da vítima através de um interlocutor no Hospital Walfredo Gurgel para prestar a assistência que pudesse. Para sua surpresa, foi consolado pelo filho da vítima.

“Ele se mostrou alguém extremamente iluminado. Contou o quadro de evolução do pai e refletiu sobre o que esses eventos significavam para a vida do pai”, disse John, que também tomou o questionamento para si.

“Isso chama para uma reflexão. Você pode ver como pode causar dor às outras pessoas, mesmo que culposamente, mas reaviva minha reflexão de vida, que é de se colocar no lugar do próximo”, declarou o promotor.

Via BG

Publicado por: Chico Gregorio

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