O juiz federal Sérgio Moro mandou soltar Mário Miranda, apontado como operador de propinas do MDB e réu confesso da Lava Jato. Miranda foi o alvo principal da Operação Dejà Vu, 51ª fase da Lava Jato e confessou crimes e colocou à disposição da Justiça o equivalente a US$ 7,2 milhões em valores repatriados que estavam depositados em bancos na Suíça.
O estranho é que Miranda confessou em depoimento que a origem do dinheiro é de contratos ilegais da Petrobras. Um contrato de U$ 825 milhões, negociado por interlocutores do MDB, que rendeu U$ 40 milhões de propina ao partido.
Como um operador desvia 40 milhões mas sua multa é de apenas 7,2 milhões? Não se sabe. O que se sabe é que o contrato foi anulado por Dilma após descoberta de corrupção, causando indignação em Temer, Eduardo Cunha e na bancada do MDB.
O que se sabe também é que Mário Miranda pagou apenas 6 milhões de reais para ser solto.
A soltura de Miranda reforça as denúncias de Tacla Duran, ex-doleiro da Odebrecht, contra Sergio Moro e a Lava Jato. Duran afirma que o amigo de Moro e ex-sócio da esposa do juiz, Carlos Zucolotto Jr, pediu R$ 5 milhões em propina para diminuir uma multa de R$ 15 milhões imposta por Moro ao ex-doleiro.
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