O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na terça-feira a inclusão da delação de Lucio Funaro, operador do MDB, em um inquérito que investiga se o presidente Michel Temer beneficiou empresas do setor portuário.
A inclusão foi solicitada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, na sexta-feira passada, conforme informou o “G1”. Barroso determinou, atendendo um pedido de Raquel Dodge, que o conteúdo da delação só fique disponível para as partes dos processos, e não para o público em geral.
“Forme-se apenso sigiloso ao Inq 4.621, contendo a Petição acima referida e a mídia que a acompanha, cujo acesso só será permitido às partes, conforme pleiteado pela Procuradora-Geral da República”, escreveu o ministro.
O inquérito apura se Temer recebeu propina de empresas portuárias em troca de favorece-las em medidas de governo, como uma medida provisória e um decreto sobre o setor portuário. O presidente nega as acusações.
Em maio, a investigação foi prorrogada por 60 dias. Entre as medidas que já foram tomadas está a quebra do sigilo bancário de Temer.
A delação de Funaro já foi incluída em outro inquérito que investiga Temer, pelo suposto recebimento de R$ 10 milhões de Odebrecht em 2014.
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