05/04/2018
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Durante a leitura de seu voto sobre o habeas corpus de Lula, o ministro Gilmar Mendes fez a mais dura crítica já proferido por qualquer membro da instituição às tentativas da grande imprensa de influenciar suas decisões.

Gilmar disse que, em mais de quinze anos de casa, jamais viu um publicidade midiática mais opressiva, configurando mesmo chantagem.

O ministro deferiu o habeas corpus pedido pela defesa do presidente. Ou seja, por ele, Lula ficaria livre.

Gilmar foi o segundo a falar. Ele pediu para antecipar seu voto, numa estratégia inteligente para criar um ambiente psicológico propício ao voto de Rosa Weber, cuja personalidade frágil deixava a sua posição em aberto.

O primeiro voto, do relator, o ministro Edson Fachin, foi um primor de cinismo. Ele buscou alguns casos sensacionais de lentidão judicial para defender a prisão automática após condenação em segunda instância, e se posicionou contra o habeas corpus ao presidente Lula.

Além do posicionamento absolutamente desleal com as forças progressistas que lhe indicaram, foi um voto incrivelmente falacioso, porque justificado em nome dos “direitos humanos”. Ou seja, um país com mais de 700 mil presos, e com presídios se constituindo como verdadeiros campos de concentração, com um judiciário plutocrático, conservador e embriagado de privilégios, ele defende transferir nossos “direitos humanos” para as mãos desses mesmos juízes.

Alexandre de Morais declarou que a “presunção de inocência é relativa”, e negou habeas corpus a Lula.

 

Publicado por: Chico Gregorio

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