
Por O GLOBO
Todas as quartas-feiras à noite, com uma taça de champanhe em uma mão e charuto na outra, Milton de Oliveira Lyra Filho, 45, se sentava na varanda do hotel Emiliano, um dos mais luxuosos de São Paulo. Quem queria se encontrar com o lobista, apontado como operador de caciques do PMDB, em especial o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), passava por ali para tomar um drinque com Lyra. De tão habitué que era no hotel, alugou um apartamento no prédio vizinho onde ficava três dias da semana — e até mesmo era servido em casa pelos garçons do Emiliano.
Agora, porém, ele não baterá mais ponto por lá. O lobista foi preso preventivamente nesta quinta-feira — foi um dos alvos da Operação Rizoma, mais um desdobramento da Lava-Jato no Rio de Janeiro que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina para gestores dos fundos de pensão dos Correios (Postalis) e do Serpro, empresa pública de tecnologia da informação.
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