A Justiça do Trabalho se preparou para uma batalha. Na segunda audiência de instrução do polêmico processo em que o Ministério Público do Trabalho cobra R$ 38 milhões da Guararapes a título de indenização por irregularidades na relação trabalhista mantida com facções de costura no interior do Rio Grande do Norte, 50 policiais, incluindo 30 agentes da Tropa de Choque da Polícia Militar foram destacados para fazer a segurança externa à sala onde ocorreram os depoimentos. O pedido foi feito pela Associação dos Magistrados do Trabalho. Diferente do que se supunha, não houve caravana de funcionários da Guararapes nem das facções do interior para pressionar os procuradores e a juíza da 7ª Vara do Trabalho Jordana Duarte da Silva.
Ânimos mais exaltados, só quando a audiência começou. Dois detalhes chamaram a atenção: o depoimento do diretor industrial da Guararapes Jairo Amorim desmontou o discurso do empresário Riachuelo Flávio Rocha sobre a intenção de transformar o sertão potiguar num polo industrial com o Pro-Sertão. O real objetivo do programa, segundo ele, foi suprir uma dificuldade da Guararapes para receber produtos em jeans e sarja importados da China e de outros países da Ásia. Antes do Pro-Sertão, os produtos demoravam até seis meses para chegar. Com as oficinas de costura, o tempo médio passou a ser de 45 dias.
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