A estratégia de alguns jornalões, como a Folha, para posar de “imparciais”, é mais um dos casos a serem estudados com muita atenção pelas historiadoras do futuro.
Eles desenvolveram um talento muito especial para encobrir as verdadeiras questões.
Por exemplo, a Folha de hoje noticia que o julgamento de Lula no TRF4 furou a fila de várias outras ações do tribunal.
Desde que o julgamento foi marcado para o dia 24 de janeiro, lemos notícias semelhantes na grande imprensa. Afinal, tem alguns tipos de manipulação que são mais eficientes se você divulgar a notícia – e distorcê-la de outra forma.
No caso do atropelo do TRF4 em relação a Lula, qual a melhor maneira de escamotear o arbítrio e a injustiça?
Ora, é fácil, basta você ignorar solenemente a regra básica, que o jornalismo comercial costuma seguir em outros exemplos, de ouvir a opinião de especialistas no assunto.
A matéria da Folha traz a opinião exclusivamente dos próprios juízes que decidiram em favor do atropelo.
O conceito de chapa-branquismo precisará ser atualizado.
É como escrever uma reportagem sobre um crime e pedir apenas a opinião ao assassino.
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