Este é o título do editorial que o Le Monde dedica neste sábado (27) à crise política no país e aos casos de corrupção que “atordoam os brasileiros”, segundo o jornal francês.
Para o jornal, a condenação de Lula a 12 anos e um mês de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro, é um novo capítulo da caótica história política do país desde o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016.
A entrega do passaporte de Lula aos agentes da polícia federal, nesta sexta-feira, é “mais uma humilhação para o ex-sindicalista, símbolo da luta operária na ditadura militar, um dos maiores dirigentes do país e estrela de cúpulas internacionais no auge de sua carreira”, lembra o jornal. Por isso, o destino de Lula, o “pai dos pobres” gera todo tido de reação extrema dentro e fora do país.
s mesmas leis que os miseráveis, o que é indigno e perigoso para a maior democracia da América Latina.
Segundo o Le Monde, seus aliados defendem sua inocência e o consideram um “deus”, enquanto, para seus inimigos, ele é um bandido. “Independentemente de algumas manobras judiciais estranhas, não é absurdo pensar que o ex-metalúrgico sucumbiu à tradição clientelista do sistema político brasileiro”, escreve o jornal, lembrando que o escândalo do Mensalão, em 2005, quase custou sua reeleição.
“Sociedade de castas”
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