A primeira polêmica que acompanhei no nosso RN foi sobre a construção do chamado papodromo para recepcionar o papa João Paulo II em Natal. Os críticos alegaram que o papa poderia ser recebido sem o custoso equipamento. Mas venceram os que disseram que o papodromo não seria um elefante branco, mas um grande centro de convenções dentro da área administrativa do governo. Até um dia desses, após ficar por anos fechado, o papodromo abrigava um restaurante.
A história do RN é marcada por promessas de tal calibre. Vivemos sob o manto das grandes ações e obras redentoras, uma espécie de malufismo camarão. O sonho de nos posicionar num suposto futuro de prosperidade e modernidade é substituído pela realidade e por uma conta pesada. A mesma situação ocorreu com a inacreditável derrubada do Machadinho e do Machadão e o tal legado. É uma constante potiguar.
Na administração de pessoal não tem sido diferente. O RN, pré-constituição de 1988, contou com janelas generosas de ingresso de hoje servidores pelas fundações Walfredo Gurgel, José Augusto, pela Assembleia, etc. E não apenas isso: desde Garibaldi, passando por Wilma, Iberê e Rosalba, todos quando saíram aprovaram planos de cargos, carreiras e salários sabidamente sem a menor condição de implementação. Tudo embalado pelo sentimento: não serei mais o governador. O problema não será mais meu.
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