A argumentação do jornalista Kennedy Alencar sobre a celeridade do TRF em julgar Lula é de difícil refutação.
Segundo os defensores da rapidez incomum, a justiça federal julga logo para que o pleito eleitoral não sofra com uma possível insegurança jurídica.
Ora, nesses termos, por uma questão de isonomia, todos os candidatos com processo em andamento deveriam passar pelo mesmo crivo: Alckmin e Aécio, por exemplo, têm problemas semelhantes. Seus processos andarão mais rápido em face da proximidade da eleição? Serra, que será candidato em São Paulo e tem 75 anos, terá sua situação jurídica resolvida?
Caso isto ocorra, tudo bem. Teríamos, a partir de 2018, o calendário jurídico se submetendo ao eleitoral. Caso não, o recado dado pela justiça é de seletividade.
Do ponto de vista político, não é improvável que uma possível tentativa de retirar Lula do pleito por açodamento, forjando um peso para duas medidas, o fortaleça como ator de peso em 2018. O tiro sairá pela culatra.
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