Na mesma semana em que a Universidade Estácio de Sá anunciou a demissão de 1,2 mil professores em todo o país para contratar novos profissionais pagando um salário menor, a Universidade Potiguar (UnP) demitiu vários professores. Os dois casos reacenderam os debate sobre os efeitos diretos das novas regras da CLT aprovadas na reforma trabalhista, em vigor desde novembro. De acordo com os dados de desemprego referentes ao terceiro trimestre de 2017 divulgados pelo IBGE, o Rio Grande do Norte tem a oitava taxa de desocupação mais alta do país, com 13,7% ou 209 mil pessoas sem emprego.
O número exato de professores exonerados na UnP não foi confirmado pela empresa, mas especula-se que mais de 50 profissionais, a maioria mestres, tenham ficado desempregados neste final de ano. A Estácio também não divulgou números locais, mas a reportagem apurou que pelo menos 28 professores foram desligados da empresa. Desde quarta-feira (6), quando as demissões começaram a ser divulgadas nas redes sociais, o debate acalorado sobre os prejuízos da reforma trabalhista para o mercado veio à tona com mais força.
O Ministério Público do Trabalho já investiga uma denúncia de demissão em massa com retenção de carteira de trabalho realizada em agosto pela UnP. Em razão do feriado no Judiciário nesta sexta-feira, não foi possível obter mais informações a respeito do procedimento. Sobre as recentes demissões desta semana, até o momento o MPT não recebeu nenhuma notificação.
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