14/10/2017
09:40

O Globo

O operador Lúcio Bolonha Funaro afirmou, depois de fazer acordo de delação premiada, que parte da propina que recebia de Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, era repassada a vários políticos vinculados ao ex-deputado Eduardo Cunha, entre eles o presidente Michel Temer. Funaro mencionou Temer ao falar sobre desvios do Fundo de Investimentos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) destinados a projetos de interesse da Eldorado Celulose, uma das empresas do grupo J&F. As delações de Funaro e Joesley Batista são os pilares da denúncia em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Temer de integrar organização criminosa e de obstrução de justiça.

Em depoimento à PGR em 23 de agosto, Funaro disse que recebeu várias remessas de dinheiro de Joesley Batista. As transações eram intermediadas por um doleiro identificado como Tony. Uma vez com os recursos em mãos, ele repassava a propina a Cunha. O ex-deputado, hoje preso em Curitiba, fazia a partilha final.

– Chegando a minha mão (a propina de Joelsey) eu distribuía para quem eu tinha que pagar que, neste caso, era o Eduardo Cunha, que fazia o repasse para quem de direito no PMDB, que eram as mesmas pessoas que apoiavam ele no PMDB – afirma Funaro.

 

Publicado por: Chico Gregorio

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