
Grande Oziel,
Por que você morreu, meu Amigo?
Seguramente não era desejo seu partir de nosso convívio, como jamais foi desejo nosso viver com a sua ausência.
A discrição sempre o caracterizou… Mas sair assim, sem se despedir, certamente não foi ideia sua.
Seus filhos estão indóceis, sua esposa inconsolável, seus amigos sem chão…
Não sei exatamente a partir de quando uma criança começa a guardar, em sua memória, aspectos de sua vida; mas o fato é que, desde as minhas primeiras imagens, você, a exemplo de tantos outros, está lá.
Passaram-se 42 anos e você nada mudou. Permaneceu com a simplicidade de antes e os amigos de sempre.
Abnegado ao que fazia, você se tornou um orgulho para sua família e um exemplo para os seus funcionários.
Por tudo que passou a ter, você se tornou rico com seu trabalho; por tudo que sempre foi, você nos tornou ricos com a sua amizade.
Eis que vem a morte e seus caprichos…
Um dia ela chegará para cada um de nós, seus amigos, para que, morrendo, possamos viver todos juntos novamente.
Até lá!
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