POR EL PAÍS
Assim que Michel Temer (PMDB) assumiu a Presidência da República, em substituição à deposta Dilma Rousseff (PT) ele ostentava uma base congressual de fazer inveja a regimes parlamentares. Tinha 80% do apoio na Câmara dos Deputados –411 dos 513 parlamentares votavam com ele. Um ano e três meses depois, a base se reduziu drasticamente, chega a 51% do parlamento e, ao menos no papel, seus opositores dobraram de tamanho. Eram cerca de cem parlamentares. Agora, levando em conta a votação desta quarta-feira, passam de 200.
O arquivamento temporário da denúncia por corrupção contra o presidente teve o placar de 264 votos a favor de Temer, 227 contra, 18 ausências e 2 abstenções e lhe deu novo fôlego. Agora, só poderá ser investigado por esse crime depois que deixar o cargo, em 31 de dezembro de 2018. O trabalho do peemedebista nos próximos dias será o de recompor sua base, enquanto a oposição tentará surfar nesta onda. “O Governo teve uma vitória de Pirro. Esse processo serviu para fortalecer um bloco de oposição e mostrar que dificilmente Temer conseguirá aprovar seus projetos na Câmara”, afirmou o líder da oposição, José Guimarães (PT-CE).
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