03/08/2017
07:47

POR AGÊNCIA O GLOBO

O presidente Michel Temer começou a montar uma estratégia de guerra, de tudo ou nada, desde a metade de junho, quando a denúncia contra ele foi apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Pressionado, o presidente avisou aos aliados que não renunciaria ao cargo e iniciou uma extensa agenda de audiências, almoços e jantares com parlamentares. Nos dois meses seguintes, explodiu a liberação de emendas parlamentares, autorizando gastos de R$ 4 bilhões, cerca de 65% do valor anual.

Ex-presidente da Câmara por três vezes, Temer seguiu trabalhando por sua vitória até os últimos minutos, recebendo deputados em seu gabinete até na hora da sessão. Depois de almoçar com mais de 100 deputados da bancada ruralista e receber uma lista de deputados, o presidente foi na noite de terça-feira em jantar na residência do vice-presidente da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG). Manteve o compromisso, mesmo tendo sido informado de que os dois elevadores do prédio haviam quebrado e que teria de subir seis lances de escada até o quinto andar.

 

Publicado por: Chico Gregorio

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