09/07/2017
06:45

Afastado em maio do cargo de senador, Aécio Neves mal saía de sua casa em Brasília, no Lago Sul, onde mora com a mulher, Letícia, e seus dois filhos. Além da família, só quem privava de sua intimidade eram alguns amigos e correligionários. Viajava pouco e, quando o fazia, evitava vôos comerciais. Vinha dedicando-se à sua estratégia de defesa e a retirar a irmã Andrea Neves da prisão preventiva.

Após a temporada de desalentos, o jogo começou a virar para o tucano. Se não executou uma guinada de 180 graus, ao menos ganhou um importante fôlego. Na última semana, comemorou a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizando seu retorno ao Senado.

Ato contínuo, subiu à tribuna da Casa dizendo-se arrependido por ter se deixado “enganar” pela “trama ardilosa” do empresário Joesley Batista, da JBS. Na quinta-feira, 6, depois de uma articulação envolvendo até integrantes do PT, conseguiu se livrar de encrencas no Conselho de Ética. O colegiado decidiu arquivar o pedido de cassação de seu mandato. Agora, o senador pretende imprimir novos rumos ao barco agitado que foi sua vida.

O objetivo mais premente será enfrentar os seis inquéritos e a denúncia em tramitação contra ele no STF. Todos os esforços estão empenhados no sentido de permanecer como ficha-limpa, pois seu mandato termina em 2018, e ele quer concorrer a uma nova cadeira: a de deputado federal por Minas Gerais.

Publicado por: Chico Gregorio

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