Ricardo Noblat
Primeiro o presidente Michel Temer negou que tivesse voado em jatinho particular de São Paulo ao interior da Bahia em janeiro de 2011. Na época, dava início à sua saga como vice-presidente decorativo.
Depois admitiu que voara, sim, em jatinho particular junto com sua família, mas disse desconhecer a identidade do dono do avião. Como se isso fosse possível de acontecer com uma autoridade da República.
Em seguida, ao ser confrontado com a informação de que o jatinho era de Joesley Batista, dono do Grupo JBF, Temer insistiu que não sabia, e que não fora ele quem pedira o avião emprestado.
Joesley contou que Temer lhe telefonou para agradecer o empréstimo do avião, mas reclamar das flores dadas de presente à sua mulher. Viu na cortesia uma forma de assédio. Temer afirma que não telefonou.
Em socorro de Temer, o senador Romero Jucá (RR), presidente do PMDB declarou que se trata de “um episódio menor” e que não há nada de errado ou ilegal no fato de uma autoridade voar em jatinho de empresário.
Às principais autoridades da República é vedado aceitar favores desse tipo. Empresário não faz favor a ninguém influente sem desejar algo em troca. No mínimo uma audiência clandestina no porão de algum palácio.
Como vice-presidente da República, Temer tinha o direito a voar em jatinho da FAB. Por que preferiu voar em um jatinho desconhecido? Menos, menos, Temer!
0 Comentários