O presidente da Câmara Municipal do Natal, Raniere Barbosa (PDT), afirmou que a Casa Legislativa não vai ficar omissa em relação ao caso das viagens do prefeito, Carlos Eduardo Alves (PDT), e do vice, Álvaro Dias (PMDB), que deixaram a capital do Rio Grande do Norte sem comando no final da semana passada quando saíram do território potiguar.
Segundo o mandatário da CMN, os líderes do poder executivo desrespeitaram à Câmara na medida em que não comunicaram, formalmente, de suas viagens, o que deveria – imprescindivelmente – ser feito para que então o comando da cidade passasse ao próprio Raniere, que é a segunda opção para ocupar o cargo no caso de ausência do prefeito.
A falta de comunicação representou num pedido de esclarecimentos por parte da Casa, assinado pelo presidente. Pedi esclarecimentos ao prefeito em nome da mesa diretora. Reuni os vereadores para demonstrar que a CMN é um poder que não pode ser omisso. Senti que a Casa foi desrespeitada uma vez que o prefeito deveria ter feito a transição para o poder legislativo e não o fez”, declarou em entrevista à jornalista Thaísa Galvão.
Questionado sobre se uma possível rixa do prefeito com ele poderia ter causado essa situação, uma vez que eles romperam a parceria meses atrás, Raniere preferiu não entrar em polêmicas com o chefe do executivo. “A crise política criada por essa situação faz o julgamento de quem está cometendo o ato – seja de desprestígio, desvalorização ou de consequência involuntária – ficar para sociedade. Eu me senti desvalorizado a partir do momento que soube pela imprensa, apenas isso”, completou.
Na entrevista, Raniere ainda falou do desencontro de informações quanto ao destino do vice Álvaro Dias (não se sabe se ele foi pra São Paulo para os Estados Unidos, assim como Carlos Eduardo) e das consequências que serão geradas caso ele, de fato, tenha viajado para fora do país, conforme tem acusado alguns vereadores de oposição com Fernando Lucena (PT).
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