A senadora Simone Tebet (PMDB-MS), uma das mais empolgadas artilheiras da campanha moralizadora que derrubou Dilma Roussef, é peça-chave na base de apoio do seu correligionário Michel Temer, o presidente da Republica,. Defensora da PEC 287 – a proposta governista que altera o sistema previdenciário, detona conquistas sociais e fixa em 65 anos a idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres -, Simone tem um motivo fortíssimo dentro de casa para defender o direito dos idosos de usufruir de uma pensão com valor suficiente para uma velhice digna e confortável.
O motivo à disposição da senadora é o valor da aposentadoria de sua própria mãe, a viúva Fairte Tebet: R$ 31 mil 938,03 mensais. Ela tem essa renda porque o seu falecido esposo governou Mato Grosso do Sul por 10 meses (de maio de 1986 a março de 1987), quando substituiu Wilson Matins, que se licenciou para concorrer ao Senado. Isto significa que a mãe de Simone, ganhando R$ 376 mil 776 por ano por 10 meses de investidura do esposo no mais elevado cargo publico do Estado, não vai sofrer com a dura pancada que a PEC 287 reserva à grande maioria do povo brasileiro, sobretudo as mulheres, conforme aponta a proposta palaciana.
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