O governo está acuado em sua perversidade, ilegitimidade e fraqueza moral. A cada dia que passa o projeto inaceitável de Michel Temer de acabar com direitos essenciais dos cidadãos enfrenta pressão crescente das ruas, de instituições, do Judiciário e até mesmo da base aliada no Congresso.
Para se salvar, Temer recorre ao que lhe é possível, inclusive as manobras casuísticas, como a anunciada decisão de excluir servidores públicos estaduais e municipais da proposta de reforma da Previdência. Neste caso, ele procura cinicamente jogar para prefeitos e governadores o desgaste de medida tão impopular. Tenta, dessa forma, preservar o que está lhe escapando das mãos graças ao repúdio da sociedade.
Mas mesmo acossado, o presidente que articulou o golpe não se cansa de encher seu caldeirão de maldades, como acabamos de ver com a aprovação do projeto que introduz a terceirização ilimitada. A felicidade dos adeptos do ultraliberalismo, no entanto, está indo por água abaixo. É só ver o que acontece no país.
Por sua vez, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou dura nota conclamando os católicos a se mobilizarem contra a reforma que pode deixar milhões de brasileiros sem aposentadoria e sem nenhum amparo social. A Igreja, como sempre, está do lado dos mais humildes.
Além do Ministério Público e da CNBB, a Justiça também começa a se pronunciar sobre a reforma da Previdência. A 1ª Vara Federal de Porto Alegre determinou a suspensão da propaganda oficial, que tem como mote “reformar hoje para garantir o amanhã”. Da mesma forma, a 21ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal deferiu, parcialmente, pedido de liminar formulado pela Federação Nacional dos Servidores da Justiça Federal e do Ministério Público Federal (Fenajufe) contra a União. Essas entidades questionam o suposto déficit da Previdência.
Via 247.
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