A chapa que concorreu à Presidência em 2014, formada por Dilma Rousseff (PT) e o peemedebista, enfrenta um processo no colegiado desde 2015. Após o relator, Herman Benjamin, entregar o relatório ao presidente Gilmar Mendes, o julgamento da ação será iniciado na próxima terça-feira 4 e pode culminar com a deposição de Temer, que assumiu o cargo no ano passado após impeachment de Dilma. O processo, aberto pelo PSDB, investiga possível cometimento de abuso de poder econômico pela chapa nas eleições.
De acordo com o ex-presidente do Senado e ex-ministro, que não detalha o ponto de vista, o que vai prevalecer no julgamento do TSE é a “apreciação do ponto de vista jurídico”, mas, do ponto de vista político, uma nova cassação do presidente da República – desta vez por um tribunal de Justiça – “lançaria o país numa situação de instabilidade muito grande”.
Sobre a possibilidade de Temer concorrer à reeleição no pleito de 2018 ou mesmo de disputar uma eventual eleição direta – caso a chapa seja cassada e esta seja a deliberação do TSE, o senador afirma que é muito precoce falar sobre o assunto. “Vai depender de muitas questões, como a aprovação das reformas. É muito prematuro, numa hora dessas, fazer cogitações”, afirmou.
TERCEIRIZAÇÃO
Em contato com a reportagem do Agora Jornal, Garibaldi comentou também sobre a polêmica lei de Terceirização. Uma proposta, considerada mais severa, foi aprovada pela Câmara dos Deputados na semana passada. Como o texto já havia passado pelo Senado, ela foi à sanção presidencial. Outra proposta, tida como mais branda, está no Senado e ainda pode ser apreciada.
Para o senador, Temer deveria aprovar o projeto que passou na Câmara. “Ao contrário do encaminhamento da liderança, eu defendo que o presidente sancione a proposta e faça apenas algumas correções”, assinalou o peemedebista, sem especificar quais pontos da proposta ele considera passíveis de mudanças.
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