Por Aluísio Lacerda
Já que os meteorologistas pouco explicam a ausência das chuvas, tentei pesquisar nos jornais da região. O quadro é assustador. “A seca colocou de joelhos uma região inteira. Fez o Agreste sertanejar. Os cinco anos consecutivos sem chuva em Pernambuco ganharam aqui a dimensão de uma tragédia. Silenciosa e diária”, anotaram os bons repórteres Ciara Carvalho e André Nery, do Jornal do Comércio.
Um agreste seco e esturricado, nichos da economia do Estado? Se a bacia leiteira e o polo de confecções estão literalmente a pedir socorro, imagine o drama em pleno Sertão, no semi-árido? A humilhação de mendigar por água em pleno século 21? Isso desmoraliza qualquer discurso.
Na vizinha Paraíba, os meteorologistas da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) e da Universidade Federal de Campina Grande preveem chuvas dentro da média histórica nos três primeiros meses do ano nas regiões do Cariri, Curimataú e Sertão.
As regiões do Cariri e Ibiapaba, no Ceará, concentraram as maiores precipitações na pré-estação chuvosa, que compreendeu os últimos dois meses, com média de 148 e 108 milímetros, respectivamente.
No Seridó potiguar, chuvas para apagar poeira um dia sim, três dias não. Sufoco!
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