21/02/2017
04:23

A Justiça Federal retirou na última sexta-feira, 17 de fevereiro, o sigilo referente à colaboração premiada do empresário Alexandre Margotto, firmada com o Ministério Público Federal (MPF/DF) no âmbito das operações Sépsis e Cui Bono. Margotto está entre as cinco pessoas que foram denunciadas, em outubro de 2016, por envolvimento em um esquema criminoso praticado no âmbito da Caixa Econômica Federal entre os anos de 2011 e 2015. No caso dele, a ação penal pede a condenação por corrupção, prevaricação, lavagem de dinheiro e violação de sigilo funcional.

Além de Alexandre Margotto, respondem à denúncia, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o ex-deputado federal e ex-ministro, Henrique Eduardo Alves, Lúcio Funaro e Fábio Cleto, que também firmou colaboração com os investigadores. Com a decisão do juiz da 10ª Vara Federal, Wallisney Oliveira, o depoimento, gravado em vídeo pelo MPF está sendo disponibilizado.

Alexandre Margotto prestou depoimento ao MPF no dia 31 de janeiro. Em seguida, a Força Tarefa que apura a prática de crimes na gestão dos recursos de fundos de pensão, do FGTS e de três diretorias da Caixa Econômica enviou o material à Justiça para que fosse anexado a ação penal em andamento. Já a homologação aconteceu na última quarta-feira, 15 de fevereiro.

No depoimento, o empresário relata o envolvimento no esquema de alguns personagens já denunciados – Eduardo Cunha e Fábio Cleto – e de outros que são alvos de investigações no âmbito das operações Greenfield e Cui Bono. Este é o caso do ex-ministro da Casa Civil, Geddel Vieira Lima e do empresário Joesley Batista, diretor da empresa Eldorado Celulose, que integra a holding J&F. Além de integrar a ação penal em tramitação na Justiça, as declarações de Alexandre Margotto poderão subsidiar as demais investigações conduzidas pela Força Tarefa interinstitucional.

Publicado por: Chico Gregorio

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