Foto: Martha Alves/Folhapress
Funcionários de empresas aéreas gritando números de voos, falta de informação e passageiros cansados com malas esperando em uma fila quilométrica para conseguir remarcar a viagem.
Esta foi a cena que a reportagem da Folha flagrou na madrugada desta quinta-feira (23) no aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo, após a turbina de um avião da Latam pegar fogo antes de decolar(VEJA MAIS AQUI)
O aeroporto, que deveria ter fechado para pousos e decolagens às 23h, estendeu o horário até 23h45, de acordo com funcionários da Infraero. No entanto, o atendimento a passageiros que tentavam remarcar voos funcionou durante toda a madrugada.
Segundo passageiros, a espera entre pegar as malas na esteira do desembarque e ser atendido para remarcar o voo passava de seis horas. Algumas pessoas nervosas gritavam ao telefone com atendentes das companhias aéreas exigindo um voo, mas sem deixar à fila.
A arquiteta Anna Hentoux, 28, voltava do Rio de Janeiro e deveria ter pego um voo da Latam para Porto Alegre, onde mora, na hora do problema na pista. Ela disse que o avião foi desviado para Viracopos e só conseguiu chegar em Congonhas em novo voo às 22h45.
Por volta da 0h, Anna reclamava que nenhum funcionário da empresa aérea passou informações aos passageiros. ” Só peguei a minha mala agora, estava um caos e ninguém sabia onde estava”, disse sobre as esteiras de retirada das malas no desembarque.
A arquiteta, que deveria entrar às 9h no trabalho, disse que queria “simplesmente” remarcar o voo e dependendo do horário pedir estadia em algum hotel. “Com certeza não chego em Porto Alegre antes do meio dia”, falou, desanimada.
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