24/01/2017
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A Sondagem das indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, revela que, no mês de dezembro, a produção industrial potiguar registrou queda mais intensa, contrapondo-se à moderação observada no mês anterior. Em virtude do menor dinamismo da atividade industrial, o número de empregados também recuou, mantendo a tendência que vem sendo observada desde fevereiro de 2014.

O nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) caiu de 69% para 67%, e é considerado pelos empresários consultados como abaixo do padrão usual para meses de dezembro, comportamento que se repete de forma ininterrupta desde setembro de 2011. Além disso, os estoques de produtos finais caíram e ficaram abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria.

Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que as pequenas indústrias apresentaram queda nos estoques de produtos finais e pessimismo com relação à evolução das compras de insumos, enquanto as médias e grandes apontaram estabilidade nos estoques e esperam manutenção nas compras de matérias-primas.

No que se refere aos indicadores avaliados trimestralmente, os empresários mostraram-se menos insatisfeitos com a margem de lucro e com a situação financeira de suas empresas. Além disso, o acesso ao crédito continuou difícil no quarto trimestre de 2016, e os preços médios das matériasprimas aumentaram em relação ao trimestre anterior. O principal problema do trimestre, na opinião dos empresários potiguares, foi a elevada carga tributária; seguida pelas altas taxas de juros, pela falta de capital de giro e pela demanda interna insuficiente.

Em janeiro, as perspectivas permanecem pessimistas. Os empresários potiguares esperam queda na demanda, no número de empregados, nas compras de matérias-primas e nas vendas externas nos próximos seis meses. A intenção de investimento, por sua vez, voltou a cair, mas ainda é superior ao nível observado em janeiro de 2016.

Comparando-se os indicadores mensais e trimestrais avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados dia 20/01 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais preveem aumento da demanda e da quantidade exportada dos produtos nos próximos seis meses; e esperam manter o nível atual das compras de matérias-primas.

Publicado por: Chico Gregorio

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