20/01/2017
11:26

Por Mário Trajano.

Com a morte do ministro Teori Zavascki, abriu-se a sucessão à sua vaga no STF e também à relatoria da Operação Lava Jato junto ao Supremo.
Com isso,criou-se um paradoxo ético de dimensões apocalípticas: a atribuição constitucional de se nomear um novo ministro e, portanto, um novo relator para julgar o caso da Lava Jato, cabe justamente ao “presidente” Michel Temer, multi delatado na referida operação.
Ou seja, o poder de nomear o julgador encontra-se nas mãos de um dos maiores suspeitos e portanto de um dos mais prováveis réus no julgamento.
Mas,como nem tudo é desespero, o regimento de nossa Suprema Corte admite (e o Ministro Marco Aurélio,inclusive, já se posicionou publicamente nesse sentido)que, em casos de urgência, a relatoria seja redistribuída entre os atuais membros do Excelso Pretório.
Trata-se,portanto,de medida da mais necessária justiça, a imediata redistribuição automática, por sorteio entre os ministros que já compõe a corte, para a relatoria da Lava Jato a fim de se evitar a absurda situação de se ver um “presidente” ilegítimo e golpista,suspeito dos mais diversos tipos penais, escolher o magistrado que irá relatar um caso em que ele mesmo poderá figurar como réu.

Natal,19.01.2017

Publicado por: Chico Gregorio

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