Por Ricardo Antunes

O advogado pernambucano, Marco Meira, investigado pela Lava Jato, atuou junto ao pai , José Castro de Meira, então ministro do STJ em 2001, para aprovar a construção das polêmicas Torres Gêmeas na área próxima ao patrimônio histórico do Recife. A denuncia está na Folha de São Paulo, desse sábado, numa matéria assinada pelo repórter Flávio Ferreira. Além de ser citado por executivos da OAS como interlocutor da empreiteira em processos no STJ, Marco Meira é alvo da Lava Jato por outra razão: É suspeito de ocultar a real propriedade de um imóvel atribuído ao petista José Dirceu que está preso em Curitiba.
A Folha de São Paulo, obteve escritura junto a um cartório do Recife, á época do julgamento do STJ onde comprova a ligação do advogado com a construtura Moura Dubeux e outro empreendimento de grande porte: a construção do edifício de luxo, Brennand Plaza, na Avenida Boa Viagem com mais de 416 metros quadrados e avaliado em mais de R$ 4 milhões de reais. Pouco depois da liberação da obra no Bairro do Recife, a construtora transferiu um imóvel desse prédio para o advogado pela bagatela de R$ 45 mil reais.
Procurado pelo jornal o magistrado diz que não tinha conhecimento do fato. A construção das famosas “torres gêmeas” do Recife ganhou enorme repercussão depois que o Ministério Público de Pernambuco entrou com recurso contra a obra por considerar que a mesma “iria descaracterizar” a região do Cais de Santa Rita. Recentemente, o ex-ministro Geddel Viera Lima, pediu demissão do governo Temer acusado de tentar influenciar o Iphan numa obra onde havia comprado um apartamento.
A obra está embargada pelo Iphan da Bahia e fica numa área lcoalizada no entorno de patrimônio tombados de Salvador, como a igreja e o outeiro de Santo Atônio e que, por isso, não poderia ter mais que 13 pavimentos. O projeto original previa um total de 31 anadares. Salvador teve mais sorte que o Recife. O Iphan acabou liberando a obra onde moram vários políticos pernambucanos.
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