A votação da Medida Provisória 247/2016, enviada pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) para desmembrar as secretarias de Finanças e Planejamento, Gestão e Orçamento, gerou muita discussão hoje (30) durante a sessão ordinária na Assembleia Legislativa da Paraíba. O bate-boca foi agravado depois que o deputado Tovar Correia Lima (PSDB) chamou os servidores de Casa, que auxiliam o trabalho do presidente Adriano Galdino (PSB) no plenário, de “capangas”.
“Me desculpe, mas o senhor pode ser um ótimo presidente, mas é um péssimo professor. Vossa Excelência olha para o Regimento de acordo com as suas conveniências, com esses cinco capangas que ficam aí atrás do senhor dizendo faça isso ou aquilo”, disse Tovar que teve a fala cortada pelo presidente. “Vou cassar sua palavra. Respeite os funcionários desta Casa. Vossa Excelência não tem o direito de chamar os funcionários de capangas. Eles são, na sua essência, capacitados. A Mesa conta com uma assessoria brilhante”, rebateu Galdino.
O líder do governo na AL, deputado Hervázio Bezerra (PSB), também criticou o tucano e afirmou que Tovar agrediu a dignidade e a honra dos servidores. “Quando perde no debate, quando perde na razão, ataca covardemente a quem não pode usar sequer essa tribuna para se defender – que são servidores concursados, honrados e competentes que estão servindo a esta Mesa, servirão à Mesa futura e quem sabe um dia poderá servir a um deputado infeliz, agressor. Isso merece sim um pedido de desculpas públicas”.
A deputada Camila Toscano (PSDB) chegou a lembrar o parentesco com o socialista ao pedir que ele mantivesse a calma. “Se acalme deputado, se acalme tio, não tem pra quê isso não”, disse. No centro da polêmica, Tovar Correia Lima se defendeu, disse ter intimidade com os servidores e que não era necessário um pedido de desculpas. “A intimidade que eu tenho com esses meninos talvez quase ninguém tenha. Todos os funcionários dessa Casa sabem disso, vocês se sentem muito mais deputados do que eu. Quando eu falei aquela palavra, eu tenho intimidade”.
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