06/10/2016
09:20

Ministro Mendonça Filho e a presidente do Inep, Maria Inês Fini, apresentam resultado do ENEM em coletiva à imprensa

Ministro Mendonça Filho e a presidente do Inep, Maria Inês Fini, apresentam resultado do ENEM em coletiva à imprensa

As notas do Exame Nacional do Ensino Médio 2015 por escola foram divulgadas nesta terça-feira, 4 de outubro, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em evento realizado junto ao Ministério da Educação.

 

São notas referentes a 1.212.908 estudantes de 14.998 escolas que prestaram o Enem em 2015. Os números revelam aumento da disparidade entre escolas públicas e privadas. Das 100 escolas com maiores médias, apenas 3 são públicas. Entre as mil melhores, o número permanece muito baixo, 49. No resultado do ano anterior, eram 93, e em 2013, 78.

 

Na opinião do Presidente do Sintietfal, Hugo Brandão, esse anúncio serve ao governo Temer para reforçar o discurso de que não valem a pena investimentos nos serviços públicos e justificar a privatização. “Estamos no momento em que o Governo quer aprovar, a todo custo, o congelamento do investimento na Educação pelos próximos 20 anos. Para isso, quer pregar para a sociedade a ideia de que o ensino público não presta”, afirmou Brandão.

 

Entretanto, um fato curioso se apresenta. Das 664 unidades da Rede Federal de Educação, que incluem Institutos Federais, Centros Federais de Educação Tecnológica, Escolas Técnicas vinculadas às Universidades Federais, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná e o Colégio Pedro II, apenas 60 unidades aparecem com resultados na pesquisa, sendo 15 câmpus dos IFs, 8 câmpus do CP II, Escolas Militares e Escolas vinculadas às universidades. As demais simplesmente são omitidas.

 

“A divulgação do resultado do ENEM, às vésperas de votar um projeto (PEC 241) que visa a acabar com o serviço público, é extremamente tendenciosa. Não por acaso esconde o resultado, sempre excelente, dos Institutos Federais de Educação, para legitimar a ideia de inviabilidade da rede e do ensino público como um todo”, prossegue Brandão.

 

Publicado por: Chico Gregorio

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