Por: Boni Neto
O presidente Michel Temer assinou, na última quinta-feira (22), uma Medida Provisória que reformou a educação brasileira através do lançamento do “Novo Ensino Médio”. Dentre as mudanças, está a ampliação da carga horária dos estudantes.
O portal Agora RN conversou com o professor Lázaro Bezerra, da Lógico Cursos Aliados, sobre o que essas alterações representarão no ensino do país.
“Essa reforma é necessária, mas não por Medida Provisória. Isso é um absurdo! Educação é uma coisa muito delicada e não se muda algo como a educação na base da ‘canetada’. A comunidade educativa concorda, sim, que é necessária uma reforma, mas não da forma como foi feita agora, era preciso diálogo. São milhões de alunos, pais, donos de escolas, é tudo muito complexo para ser resolvido de maneira tão simples. A Austrália levou dez anos para fazer uma reforma no ensino, o Brasil quer fazer isso em quatro meses!”, criticou.
O professor Lázaro Bezerra aproveitou para apontar um elemento que considera uma falha na proposta do presidente Temer: o fato de profissionais de diversas áreas poderem se tornar professores, independentemente de terem ou não diploma, contato que possuam o “notório saber”.
“A reforma tem falhas, como a contratação de professores de ‘notório saber’, em que o educador pode ser alguém que não passou em concurso público e que não tem formação específica nas disciplinas ministradas; então, um advogado pode acabar ensinando Geografia, o professor de Biologia pode perder a vaga para um médico, que por ter didática é considerado qualificado. É o fim das graduações. Assim vai cair a qualidade do ensino”, lamentou Bezerra.
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