04/09/2016
08:59

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Ela morreu em 1997 de um ataque cardíaco, em Calcutá

Por: Folha de S.Paulo

Madre Teresa, freira celebrada por sua obra de caridade com órfãos e leprosos em favelas da Índia, foi canonizada durante a manhã deste domingo (4) no Vaticano e se tornou a mais nova santa da Igreja Católica.

A igreja define como santo aquele que foi sagrado o suficiente durante a vida para que possa viver no céu após a morte e consiga concretizar milagres –à madre foram atribuídos dois: a cura de uma mulher indiana com tumor estomacal, em 2003, e de um brasileiro em estado terminal e em coma devido a um câncer no cérebro, no ano passado.

A cerimônia, assistida por milhares diante da Basílica de São Pedro e transmitida ao vivo pela Santa Sé, oficializa o longo reconhecimento por seu trabalho. Já em 1975 a revista “Time” havia celebrado Madre Teresa como uma das “santas vivas” do mundo.

Conhecida pela humildade, mesmo quando já era venerada ao redor do mundo, ela recebeu o Nobel da Paz em 1979, sobre o qual comentou: “Eu não mereço”. A fala contrasta com a do papa Francisco, que afirmou sobre a canonização: “Ela merece”.

Foram distribuídos 100 mil ingressos para a cerimônia, à qual era esperado um número bastante mais alto. Havia extensas medidas de segurança, como uma zona de exclusão aérea.

Ao redor de 1.500 moradores de rua foram levados a Roma vindos do restante do país e dados assentos de honra.

Antes da cerimônia, Narendra Modi, premiê indiano, afirmou que Madre Teresa dedicou toda sua vida para servir aos pobres na Índia. “Quando tal pessoa é canonizada, é natural que indianos se sintam orgulhosos.”

Biografia

Madre Teresa nasceu em em 1910 em Skopje, outrora parte do Império Otomano e hoje capital da Macedônia, onde haverá celebrações durante uma semana. De pais albaneses, ela chamava-se Agnes Gonxhe Bojaxhiu.

Religiosa, ela tornou-se freira aos 16 anos, e recebeu mais tarde o nome de Teresa. Em 1929, mudou-se para Calcutá e, 15 anos depois, tornou-se diretora de um convento.

Em 1946 ela fundo a congregação Missionárias da Caridade, onde passou a ser chamada de “Madre”. Em 1951, recebeu a cidadania indiana. Ela trabalhou ali por décadas. As missionárias abriram casas em países como a Venezuela, a Itália, os EUA e a então União Soviética.

Ela morreu em 1997 de um ataque cardíaco, em Calcutá.

Publicado por: Chico Gregorio

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