Os parentes da família de brasileiros que foi esquartejada na Espanha reclamam de falta de apoio do Itamaraty para fazer o translado dos quatro corpos. Segundo eles, as famílias de Marcos Nogueira e Janaína Santos Américo – mortos junto aos filhos de 1 e 4 anos – não têm condições de arcar com os custos sozinhas. “A gente precisa muito que o Itamaraty faça a sua parte. Senão, os corpos vão ficar na Europa”, diz Walfran Campos, irmão de Marcos.
Questionado sobre a falta de apoio, o Itamaraty disse apenas que não está autorizado a divulgar informações sobre o caso, em cumprimento à determinação das autoridades locais de que as investigações tramitem em sigilo. “O Ministério acompanha o caso, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Madri, e mantém contato com as autoridades locais e com familiares dos brasileiros”, disse, em nota.
O irmão de Marcos, Walfran Campos, entrou em contato com o Itamaraty e disse que foi informado que o ministério não tem rubrica orçamentária para esse tipo de ajuda. “A gente não dispõe de R$ 100 mil, R$ 200 mil assim de uma vez só”, comentou.
Os corpos do casal e das duas crianças, de 1 e 4 anos, foram encontrados esquartejados no domingo (18), na casa onde eles moravam, em Pioz, a cerca de 60 km de Madri. Os investigadores calculam que os corpos se encontravam na casa há cerca de um mês.
Ainda segundo Walfran, as famílias conseguiram apoio para a compra das passagens aéreas dos parentes que vão à Espanha acompanhar o caso de perto. O Governo do Estado pagou as passagens de Walfran e o Consulado da Espanha em Salvador bancou os bilhetes aéreos do irmão gêmeo de Janaína, George Américo, e do primo dela, Pedro Rafael.
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