Volkswagen afastou do trabalho 4 mil funcionários até o próximo dia 05, em Taubaté SP, o motivo seria falta de peças para a produção de carros. Apesar das férias coletivas terem início nesta semana, os trabalhadores já estão em casa desde o último dia 2, quando a multinacional decidiu antecipar as folgas do Programa de Proteção ao Emprego (PPE).

Até o fim da última semana, os funcionários foram dispensados por um mecanismo chamado shut down, em que a folga é transformada em banco de horas e não há prejuízo aos salários dos operários. Segundo a Volks, 100 mil carros deixaram de ser fabricados em 120 dias de parada de produção desde o ano passado, quando teve início o impasse sobre o fornecimento de peças.

A fábrica de Taubaté (SP), estava parada havia quase uma semana. Na segunda (1º), foi autorizada a entrada de apenas 800 funcionários de um total de 2.500 no 1º turno, segundo o sindicato dos metalúrgicos local. No 2º turno, 2.200 funcionários entraram, mas foram dispensados duas horas depois.

Não é a primeira vez que a empresa implanta uma medida assim, em 2013 na mesma cidade, a Volks colocou 4,2 mil funcionários – praticamente todo efetivo da fábrica – em férias coletivas. O pedido foi protocolado junto ao Sindicato dos Metalúrgicos, e a empresa, não informou ao sindicato as áreas que seriam atingidas pela medida.

O Sindicato e os trabalhadores devem pressionar para que sejam pagos o salário completo durante o afastamento e que essa medida não seja um ensaio para uma demissão em massa. A Volks alega que precisa reduzir seu quadro de funcionários temporariamente para poder voltar a operar sem prejuízos – diga-se de passagem, sem prejuízo ao lucro dos patrões.

Essa ação é uma consequência, também, do golpe de Estado, que vem acompanhado de demissões e outros ataques aos trabalhadores. É necessário que os trabalhadores da Volks preparem a ocupação da fábrica caso as demissões sejam anunciadas.