Dois assuntos tomam dos jornais e blogs do Rio Grande do Norte – a autorização da Assembleia para o Governo do RN fazer uso do fundo previdenciário, para pagar os aposentados; e a mudança de entendimento do STF sobre a lei da ficha limpa, no qual o candidato a reeleição só terá seus direitos políticos cassados, caso tenha tido suas contas reprovadas pela e apenas Câmara Municipal.
No caso do Rio Grande do Norte, estes assuntos se cruzam de forma muito elucidativa. Enquanto o Governo do RN só mexeu nos recursos do FUNFIR para pagar os inativos, após a devida autorização da Assembleia, o prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, teve suas contas de 2008 reprovadas em 2012 pela razão de ter feito saques previdenciários sem a autorização da câmara municipal, além de vendido a conta da prefeitura e aumentado despesas de forma ilegal, conforme o parecer da Câmara, em ano eleitoral.
O dado mais curioso é que a oposição que critica o uso do FUNFIR, após a devida autorização de quem de direito e em momento de crise, é a mesma que empodera o prefeito, este último sim que sacou recursos previdenciários de modo ilegal, pois que sem autorização do legislativo municipal. O ato poderá assombrar a reeleição do prefeito Carlos Eduardo Alves. E aí, qual a coerência nessa história toda?!
Por Daniel Menezes
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