O mosquito Aedes aegypti tem sido apontado como o principal vetor do vírus zika, que, estima-se, infectou até junho 49 mil pessoas dentre 139 mil casos notificados no Brasil, e causou o nascimento de 1,6 mil crianças com microcefalia em 582 municípios. A Paraíba aumentou o número de casos de microcefalia se comparado ao último balancete divulgado em 1° de junho, de 129 casos para 148 ocorrências.
Mas, além do Aedes aegypti, o zika também pode ter outros vetores, como o mosquito Culex quinquefasciatus, conhecido popularmente como pernilongo ou muriçoca, sobre o qual crescem as evidências de que pode estar envolvido na emergência do vírus no país.
O alerta foi feito por Constância Flávia Junqueira Ayres Lopes, pesquisadora do Instituto Aggeu Magalhães (IAM) da Fiocruz em Recife, Pernambuco, em uma mesa-redonda sobre “O mosquito, o vírus e o que temos para combatê-los”, durante a 68ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorreu até esse sábado (9), no campus de Porto Seguro da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Segundo o governo, do total de casos confirmados, 255 foram relacionados ao vírus da zika por meio de exame de laboratório. Outros 3.130 casos suspeitos de microcefalia ainda estão sendo investigados.
De acordo com a pasta, a microcefalia atinge 588 municípios do Brasil e está presente em todos os Estados, além do Distrito Federal. Pernambuco é o Estado com maior número de confirmações (367), seguido da Bahia (265) e da Paraíba (148).
Redação com IAM
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