Ações transversais, interdisciplinares e intersetoriais de enfrentamento à violência de gênero serão propostas pelo Comitê “UFRN com Diversidade”, instalado na tarde desta quarta-feira, 8, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Iniciativas para ampliar a cidadania e solidificar uma cultura de respeito às diversidades também serão objeto de discussão do grupo, composto por representantes das Pró-Reitorias de Extensão (Proex), Graduação (Prograd) e Gestão de Pessoas (Progesp), do Diretório Central dos Estudantes (DCE), dos professores da instituição e de dois grupos já constituídos: o Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Diversidade Sexual, Gênero e Direitos Humanos (Tirésias) e o Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDH).
Ao instalar o comitê, a reitora Angela Maria Paiva Cruz destacou o seu caráter permanente, com vista em promover iniciativas para a transformação cultural e a formação humana. “Os pensamentos e atos preconceituosos são reproduzidos entre as gerações, como herança de um contexto histórico da sociedade. Portanto, vamos desconstruir esses comportamentos a partir de atitudes formativas, inseridas em projetos pedagógicos, capacitações, seminários de integração, entre outros espaços educativos para alunos, professores e servidores da universidade”, defendeu.
A coordenadora de mulheres do DCE, Mariana Ceci França e Silva, compartilhou a importância de mais um meio para discussão do bem-estar feminino no campus, como forma de fortalecer o enfrentamento à violência diária sofrida por esse público. Ao lado da presidente do DCE, Renata Sapucaí, a estudante entregou à reitora uma carta que resume os debates do II Encontro de Mulheres Estudantes da UFRN (EMEUF), realizado nos dias 19 e 20 de maio, com proposições de mudanças para a melhor assistência a elas. “O Brasil registra um estupro a cada 11 minutos e uma morte de mulher a cada uma hora e meia. Este é o momento de transformar o modelo de sociedade”, ressaltou Mariana Ceci.
0 Comentários