O vereador Fernando Lucena (PT) afirmou nesta terça que o ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves foi nomeado ministro do Turismo para obter foro privilegiado e se livrar das investigações do juiz Sérgio Moro, que conduz a operação Lava Jato.
Segundo o vereador, o ex-deputado, que é alvo de dois pedidos de inquérito do procurador-geral da República Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF), seria “homem forte” no governo Temer, devido sua proximidade com o presidente interino da República. Entretanto, afirmou Lucena, Henrique foi nomeado ministro do Turismo apenas “para ter foro privilegiado”.
“Henrique está em todas. Lula não assume o ministério sem ter contra ele qualquer acusação formal, tem liminar de juiz de todo canto do Brasil contra. Aí Henrique assume para ter foro privilegiado. Ele ia ser o homem forte do governo, aí ficou num ministeriozinho só para ter foro”, aponta o vereador.
Entre os 23 ministros nomeados, há três investigados e seis citados no âmbito da Operação Lava-Jato. Os ministros do Turismo, Henrique Alves, e da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), que deixaram o governo Dilma Rousseff, voltam a ter foro privilegiado, assim como Geddel Vieira Lima (PMDB), atual ministro-chefe da Secretaria de Governo
As evidências contra o ministro do Turismo, Henrique Alves, investigado pela força-tarefa da operação, apareceram em trocas de mensagens com executivos da OAS. Há indícios de uma atuação casada de Alves e do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na arrecadação de recursos para campanhas eleitorais. Ele teria realizado em troca de lobbies em tribunais a favor da empreiteira. Em dezembro de 2015, quando ocupava o posto de ministro do Turismo no governo de Dilma Rousseff, a Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão em um apartamento dele, em Natal.
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