Do Estadão:
“A fé move montanhas”, diz ministro da Saúde sobre efeito da pílula do câncer
Ricardo Barros (PP) afirmou que, na pior das hipóteses, tem o efeito placebo; tema é de responsabilidade da Anvisa, afirmou
Em sua primeira entrevista coletiva à frente do Ministério da Saúde, o engenheiro e deputado federal licenciado Ricardo Barros (PP-PR) falou de fé. Questionado sobre a lei no Congresso Nacional que liberou o uso da fosfoetanolamina, a chamada “pílula do câncer”, mesmo sem estudos clínicos que comprovem a eficácia e segurança do produto, ele arriscou. “Pessoalmente, na pior das hipóteses tem o efeito placebo. A fé move montanhas”, resumiu.
O composto, que durante anos foi formulado e distribuído num laboratório de química do câmpus de São Carlos da Universidade de São Paulo, agora tem sua venda e produção liberada por uma lei, aprovada em março e sancionada pela presidente afastada Dilma Rousseff.
Como o jornal O Estado de S. Paulo informou, a sanção da presidente afastada foi feita a revelia de pareceres do governo, que recomendavam o veto à lei, para evitar maiores desgastes no Congresso, às vésperas da votação do impeachment.
O ministro afirmou que, agora, caberá à agência a incumbência de tratar o tema da melhor forma. “A Anvisa está tomando todas as providências para que não haja risco. Vamos tomar todas as providências para que não causem problemas”, completou, sem especificar quais medidas seriam estas.
Do Blog – Você sabe o que é Placebo, caro leitor? Um exemplo de Placebo: um comprimido de vitamina C pode aliviar a dor de cabeça de quem acredite estar ingerindo um analgésico, sendo um exemplo clássico de que o que melhora é não apenas o conteúdo do que ingerimos, mas também o acreditar que estamos a ser tratados.
Ou seja: se você tomar um remédio para gripe para tentar curar diabetes, achando que está tomando remédio para diabetes, pode até ter efeito se a sua energia e fé achar que está fazendo a coisa certa.
Mas aí é uma posição pessoal, e não a de um ministro da Saúde tratando da autorização para distribuir medicamento para doentes de câncer de todo o Brasil.
O papel do ministro da Saúde não é estimular a população a se enganar.
Como ele deve fazer nos seus discursos políticos para se eleger, se reeleger…
Começou bem o governo Temer em se tratando da Saúde.
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