20/05/2016
18:00

Por: Agora RN

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A Associação dos Oficiais Militares do Estado do Rio Grande do Norte emitiu nota oficial em que lamenta as declarações do desembargador Cláudio Santos. Durante entrevista à 94 FM, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte alegou que “precisa acabar com aquele negócio de tempo de serviço, de dinheiro para fardamento” e criticou ainda a questão da aposentadoria dos policiais militares que, em tese, passam para inatividade muito jovens, com cerca de 50 anos. Confira trecho da nota:

“Informamos ao Excelentíssimo Senhor Desembargador que em relação a nossa aposentadoria, é preciso que se leve em conta as exaustivas horas trabalhadas ao longo da carreira que em muito supera a de qualquer outro trabalhador brasileiro. O exercício eficaz da profissão do policial militar exige juventude, pois não se concebe um idoso com 60 anos fazendo segurança pública. Pesquisas recentes comprovam que a expectativa de vida de um policial militar é 6,8 anos menor que a do cidadão comum e que os mesmos são mais suscetíveis a adquirir moléstias graves – físicas e psicológicas – em decorrência da própria atividade profissional.

Além disso, os nossos direitos são bem mais restritos do que os dos demais servidores e somos os únicos profissionais do estado que juramos oferecer as nossas próprias vidas em defesa da sociedade.

Por fim, Senhor Desembargador, em que pese a nossa tristeza em perceber tamanha desinformação em suas declarações, o que não se espera de uma autoridade da sua magnitude, até gostamos da sugestão de que nosso efetivo fosse empregado apenas 8h por dia, 5 dias por semana, porém, num cálculo rápido estimamos que o nosso efetivo para atender a sugestão de Vossa Excelência teria que aumentar para próximo de 50.000 mil policias militares no Rio Grande do Norte. Não há nenhuma polícia no Brasil com essa escala de serviço”.

Publicado por: Chico Gregorio

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