Notícias ao Minuto – No documento em que pede o afastamento de Eduardo Cunha, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se referiu ao presidente da Câmara dos Deputados como “delinquente”. O pedido deverá ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) somente a partir de fevereiro, quando termina o recesso do Judiciário.
No pedido, enviado à Suprema Corte na última quarta-feira, Janot argumenta que Cunha vem usando o cargo para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e as apurações do Conselho de Ética da Câmara, que analisa pedido de cassação de seu mandato.
A palavra “delinquente” é usada em dois trechos do documento. A primeira menção é feita quando Janot detalha as intimidações relatadas pelo operador Júlio Camargo, um dos delatores da Lava Jato. Em seu depoimento, Camargo acusou Cunha de usar deputados aliados para pressioná-lo a pagar propina de US$ 5 milhões.
Diz Janot, no documento: “Está já demonstrado – e ora se ratifica – que a utilização da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados pra pressionar Júlio Camargo não foi algo episódico, mas sim apenas mais uma conduta ilícita para proteção dos delinquentes envolvidos nos fatos, inclusive do próprio Deputado Federal Eduardo Cunha”.
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