A formalização de novos negócios praticamente tem mantido o ritmo no Rio Grande do Norte. De janeiro a outubro, foram criadas 13.890 micro e pequenas empresas no território potiguar, o que representa um avanço de 11,7% em relação à quantidade de pequenos negócios registrados no final de dezembro do ano passado. Na comparação com os dez primeiros meses de 2014, foi verificada uma pequena retração de 2,8%. À época, o estado teve um crescimento de 14% no número de novos negócios, com a criação de 14.288 empresas.
Os dados são da Receita Federal e dizem respeito apenas aos pequenos negócios inseridos no Simples Nacional, o sistema tributário que reúne as empresas com faturamento de até R$ 3,6 milhões por ano e unifica diversos impostos em apenas uma guia, chegando a reduzir em até 40% a carga tributária para os empreendedores.
Entre janeiro e outubro, o quantitativo de negócios potiguares inseridos nesse regime fiscal subiu de 118.132 empresas para 132.022 empresas. Na avaliação do consultor na área de finanças e legislação, Marçalves Pinto, a diferença entre esses números se trata de novos negócios formatados. “Normalmente, a migração de categoria ou a adesão ao Simples ocorre no início do ano. Então, o que é formalizado ao longo dos meses refere-se geralmente a novas empresas constituídas”, assegura.
O consultor explica que o quantitativo de negócios formalizados coprresponde, na maioria, aos Microempreendedores Individuais (MEI), que hoje totaliza 74.419 negócios no estado.Não à toa, somente este ano (até o fim de outubro), 11.908 profissionais se formalizaram nessa categoria jurídica. Em janeiro, os MEI somavam 62.511.
Já o diretor técnico do Sebrae no Rio Grande do Norte, João Hélio Cavalcanti, acredita que, apesar da diminuição no numero de criação de novas empresas, o crescimento é considerável e bastante representativo diante do cenário atual. “A retração em apenas 2,8% mostra que as micro e pequenas empresas estão sentindo em menor intensidade os efeitos da crise. O padrão de consumo e prioridades do consumidor mudou radicalmente. Temos setores que estão em crescimento, como o de alimentação fora de casa. Com o câmbio atual, o turismo regional também está a todo vapor, e o retorno dos turistas estrangeiros já é uma realidade. Quem apostar nessas áreas tem chances de rentabilidade“, analisa o diretor.
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