24/08/2015
15:48

O rei ainda nem está “morto” e já discutem quem assumirá o seu posto. Desde que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi oficialmente acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, parlamentares de várias legendas iniciaram as discussões de quem seria o seu substituto. Até mesmo alguns membros que dizem ser da tropa de choque do parlamentar fluminense aparecem entre os prováveis sucessores. As articulações prolongam-se ainda que Cunha diga que a palavra “renúncia” não esteja em seu vocabulário.

Para deputados governistas, o ideal era que o comando da Casa permanecesse com o PMDB, mas com uma pessoa que não fosse incendiária como Cunha e também menos personalista. O objetivo é fortalecer os laços com o partido do vice-presidente, Michel Temer, e evitar novas derrotas no Legislativo. Entre os cotados para essa função estariam o gaúcho Osmar Terra, o capixaba Lelo Coimbra e o paulista Edinho Araújo. O mais bem quisto é Araújo, atual ministro dos Portos com um bom trânsito entre parlamentares de vários partidos. Entre esses, Coimbra é visto como muito próximo a Cunha e, por isso, o que teria o menor apoio entre os dilmistas.

Oficialmente, nenhum deputado confirma as conversas pela sucessão de Cunha. Mas entre o grupo dos mais independentes, os nomes mais cotados são de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Miro Teixeira (PROS-RJ). Os dois estão entre os deputados mais experientes. Vasconcelos é um dos críticos ao Governo Dilma e, em entrevista a Globo News nesta sexta-feira, disse acreditar que haverá um processo de impeachment contra Rousseff, caso ela não renuncie. Já Teixeira, que foi filiado ao PT, é mais moderado e seria uma solução chamada de “nem tanto ao céu, nem tanto à terra” por alguns parlamentares.

Em princípio, estão descartados todos os nomes de petistas. Nos últimos meses, desde que Arlindo Chinaglia (PT-SP) perdeu a eleição para a presidência da Câmara para Cunha, o partido se isolou na Casa e não conseguiu evitar que projetos essenciais para a legenda fossem aprovados, como alguns da reforma política e a redução da maioridade penal.

Publicado por: Chico Gregorio

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