19/06/2015
10:24

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte é pioneira no Brasil no uso do Desbridamento Biológico em humanos, termo técnico utilizado pelos profissionais para a aplicação intencional de larvas de moscas em ferimentos de difícil cicatrização. Desde 2011, o projeto “Uso da Terapia Larval no tratamento de úlceras de difícil cicatrização em pacientes no Hospital Universitário Onofre Lopes”, é desenvolvido por uma equipe do Departamento de Microbiologia e Parasitologia do Centro de Biociências da UFRN.

A coordenadora do projeto e professora do CB/UFRN Renata Antonaci Gama enfatizou que a aplicação em humanos é pioneira no Brasil, porém é utilizada comumente nos hospitais dos Estados Unidos, Europa e alguns países da América Latina.

O desbridamento biológico consiste na utilização de larvas estéreis de moscas criadas em laboratório sobre úlceras crônicas com a presença de tecido morto, na finalidade de otimizar a cicatrização destas lesões. Após a captação dos insetos no meio ambiente, manutenção do mesmo em laboratórios, poedura e esterilização dos ovos, as larvas são encaminhas ao hospital onde são aplicadas sobre as úlceras. 

Elas são necrobiontófagas, isto é, alimentam-se de tecidos mortos de um animal vivo. Atualmente são utilizadas duas espécies: a Chrysomya Putoria e Chrysomya Megacephala. “Elas auxiliam na cicatrização alimentando-se somente de tecido necrosado, pus e bactérias, preservando a parte saudável do ferimento”, explicou Renata.

Publicado por: Chico Gregorio

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