03/12/2018
11:32

A presidente da Associação das Mulheres do Assentamento Seridó, participou na última semana em Salvador/BA, do  Encontro Nacional do Programa Água Doce (PAD).

O Encontro é encabeçado pelo coordenador nacional do PAD, Renato Saraiva, que falou sobre a participação do seu estado, Sergipe no Programa.

“Sergipe foi parceiro de primeira hora. No início do Programa Água Doce, nós começamos exatamente por Alagoas e Sergipe, foi o segundo estado. Nós erramos e corrigimos juntos ao longo dos anos, afinal, uma coisa é a teoria, outra é a prática. Sergipe foi um grande laboratório de aprendizado e nos deu base para que o Programa se tornasse o que é hoje”, enfatizou.

Marcos Oliveira, coordenador sergipano do PAD, falou sobre os resultados que o estado já alcançou.

“Hoje estamos com vinte e nove sistemas operando no estado e neste momento de maior crise e seca, o Programa Água Doce vem para somar esforços e minimizar a seca. O Programa Água Doce soma esforços para mitigar a seca no Nordeste e no Brasil”, reforçou.

Água Doce

O Programa Água Doce é uma iniciativa do Governo Federal, que conta com a parceria dos governos estaduais, para a implantação, recuperação e fornecimento de água de qualidade para um quarto da população rural do semiárido a partir da dessalinização das águas salobras e salinas.

O programa tem como meta estabelecer uma política pública permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano por meio do aproveitamento sustentável de águas subterrâneas, incorporando cuidados ambientais e sociais na gestão de sistemas de dessalinização.

Em São José do Seridó, o Programa é modelo, e através da Associação das Mulheres do Assentamento Seridó, beneficia mais de 50 famílias.

Via  Agência Sergipana de Notícias

Publicado por: Chico Gregorio


03/12/2018
11:28

A Secretária Municipal de Saúde de São José do Seridó, Débora Costa, que também é presidente do COSEMS/RN, participa do  3º Fórum de Debates do CONASEMS, que terá como tema “Novo Regime Fiscal: Efeitos na Saúde”, entre os dias 4 e 5 de dezembro no Auditório do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.  O encontro tem por objetivo debater com representantes de diversos setores da sociedade sobre os efeitos do Novo Regime Fiscal estabelecido pela EC 95/16, a fim de avaliar os impactos e o futuro do financiamento da saúde pública no Brasil.

PROGRAMAÇÃO

04 dezembro de 2018 – 14:00 às 18:00

14:00 Recepção
14:20 Abertura – Presidentes Conasems e HAOC
14:30 Palestra – EC 95/16 – Análises dos gastos saúde: IPEA – Carlos Ocké
15:00 Debate

Ministério da Saúde/SPO – Arionaldo Rosendo
PGR/MPF/Direitos do Cidadão – Lisiane Braecher
Congresso Nacional – Wagner Primo/Consultor Orçamento
TCU/Instituto Rui Barbosa – Sebastião Helvécio
OAB/Comissão Direito Médico e Saúde – Sandra Krieger
FNP/Frente Nacional dos Prefeitos – Jonas Donizette
Perguntas – Primeira rodada: Perguntas pré-definidas
Perguntas – Segunda rodada: Perguntas da plateia
Moderador: Conasems – Carmino de Souza
18:00 Encerramento primeiro dia – Presidente CONASEMS

05 dezembro de 2018 – 09:00 às 18:00

09:00 Recepção
09:20 Abertura – Conasems e HAOC
09:30 Palestra – EC 95/16 – Ajuste Fiscal: FGV – Márcio Holland de Brito
10:00 Debate

Banco Mundial – Edson Araújo
BNDES/Complexo Industrial Serviço de Saúde – João Pieroni
Indústrias/Cadeia Produtiva da Saúde/FIESP – Ruy Baumer
Hospitais de excelência/ Albert Einstein – Sidney Klajner
CMB/Confederação Santas Casas – Edson Rogatti
Saúde Suplementar/UFRJ – Lygia Bahia
Perguntas:
Primeira rodada: Perguntas pré-definidas
Primeira rodada: Perguntas da plateia
Moderador: Conass – Vitor Manoel Jesus Mateus

13:00 Intervalo – Almoço
14:30 Debate – Representante Presidente da República eleito
Fala inicial do Representante Presidente eleito
Perguntas – Primeira rodada
Presidente CNS
Presidente Conass
Presidente Conasems
Perguntas – Segunda rodada: Perguntas da plateia
Moderador: Fundação Oswaldo Cruz – Agenor Alvares

15:50 Encerramento do evento – Conasems e HAOC
16:00 Intervalo – Coffee break
16:30 Reunião de diretoria Conasems
18:00 Encerramento

LOCAL E DATA

Dias 04 e 05 de dezembro de 2018 – Auditório do Hospital Alemão Osvaldo Cruz, Treze de Maio, 1815 – Bela Vista / São Paulo – SP

Publicado por: Chico Gregorio


03/12/2018
11:12

governadores nordeste - NA TERÇA-FEIRA: Governadores do Norte e Nordeste se encontrarão em Brasília para acompanhar votações no Congresso e ações no STF
A senadora Fátima Bezerra se reunirá, nesta terça-feira (4), com os governadores eleitos do Norte e Nordeste para acompanhar no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF) a votação de matérias importantes para os estados.

Um dos projetos na Câmara Federal é o PLP 459, que trata da Securitização da Dívida Ativa, estabelecendo uma forma moderna de combater a sonegação e gerando receitas para o déficit da Previdência e investimentos.

Outro é o PLP 10.985, que trata da regulação da cessão onerosa de Gás e Petróleo. Neste caso, o objetivo é manter a regra de partilha entre União, Estados e Municípios das receitas com royalties e Fundo Social.

No Senado, a prioridade dos governadores é o entendimento para a votação do PLP 78, que trata de Bônus de Assinatura, complemento da Cessão Onerosa de Gás e Petróleo, permitindo a participação dos Estados e Municípios na receita com pagamento do Bônus de Assinatura após os leilões.

“Esses projetos são de suma importância para os estados dessas duas regiões, a maioria deles em situação fiscal e orçamentária muito difíceis, como é o caso do Rio Grande do Norte. Estarei acompanhando de perto ainda como senadora e como futura governadora do meu estado e estarei lá, brigando, em defesa do RN”, disse Fátima.

Outro ponto a ser tratado pelos governadores é uma agenda com o ministro Ricardo Lewandowski para entendimento sobre a retenção dos Fundos de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM) por parte da União. Três ações tramitam no STF, as ACOs 3150 e 3151, e o ministro já realizou audiência de conciliação com prazo para o governo federal abrir informações sobre as receitas partilhadas com Estados e Municípios.

Publicado por: Chico Gregorio


03/12/2018
11:01

governadores nordeste - NA TERÇA-FEIRA: Governadores do Norte e Nordeste se encontrarão em Brasília para acompanhar votações no Congresso e ações no STFOs governadores do Norte e Nordeste se reunirão na próxima terça-feira, 04, novamente na representação do Ceará em Brasília, o início da reunião está previsto para as 10 horas. Os governadores vão acompanhar, na Câmara dos Deputados, a votação do projeto que trata da Securitização da Dívida Ativa, o PLP 459 estabelece uma forma moderna de combater a sonegação e gera receitas para déficit da previdência e investimentos.

Estados, municípios e a União tem interesse na aprovação da matéria, o relator é o deputado André Figueiredo (PDT) e já apresentou seu parecer pela aprovação, com algumas alterações; e o PLP 10.985 que trata da regulação da cessão onerosa de Gás e Petróleo. Neste caso, terminativo na Câmara, o objetivo é a manter a regra de partilha entre União, Estados e Municípios, das receitas com Royalties e Fundo Social.

No Senado, a prioridade dos governadores é chegar a um entendimento para votação do PLP 78, que trata de Bônus de Assinatura, complemento da Cessão Onerosa de Gás e Petróleo e objetivo é a participação dos Estados e Municípios na receita com pagamento do Bônus de Assinatura após os leilões.

O governador do Piauí disse que “são projetos maduros e governadores, de diferentes partidos e regiões do país, e prefeitos, unidos, querem apenas que seja cumprida a regra da Constituição Federal de partilha destas receitas”. Ele afirmou que “a União precisa parar com esta concentração permanente de receita e quebra do pacto federativo, na última semana foram aprovados urgências e avançamos nos entendimentos e agora vamos cuidar de, por acordo, viabilizar votação. Se a União precisa de receitas imagine quem está lá na ponta cuidando das demandas do povo”.

Outro ponto a ser tratado pelos governadores é a agenda com Ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, para entendimento sobre retenção de Fundo de Participação dos Estados e Fundo de Participação dos Municípios por parte da União. Três ações tramitam no STF, as ACOs 3150 e 3151, tendo como relator o Lewandowski, que já realizou audiência de Conciliação e deu prazo de 15 dias para governo federal abrir informações sobre as receitas partilhadas com Estados e Municípios.

“O prazo terminou e agora ou temos acordo ou vai a julgamento. Comprovado o não repasse é um crime muito grave com penas fortes contra quem praticou. Novembro último, como resultado desta ação e da decisão do Ministro Lewandowski à União, pelo que vimos parou de reter nossas receitas. Resultado? São 20% de incremento em relação ao mesmo mês de novembro de 2017. E a cobrança é devolver todo valor retido desde 2016, podendo chegar a R$ 14 bilhões”, finalizou, Wellington Dias.

 

Fonte: Assessoria

Publicado por: Chico Gregorio


03/12/2018
10:44

O Superior Tribunal de Justiça já pacificou o entendimento de que a maioridade civil de um filho não extingue, automaticamente, o seu direito à percepção de alimentos. É que essa obrigação, a partir desse momento, se assenta na relação de parentesco e na necessidade do alimentando, especialmente se estiver matriculado em curso superior.

O entendimento levou a 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a reformar decisão que, nos autos de uma ação de exoneração de alimentos, havia autorizado o depósito judicial do valor dos alimentos pago pelo pai de um estudante que mora nos Estados Unidos. Com a autorização de desbloqueio, o jovem poderá usar todos os valores até então depositados para a manutenção de sua subsistência.

No agravo de instrumento contra a decisão, o jovem, que tem 20 anos de idade, alegou que reside nos Estados Unidos, onde frequenta uma universidade. Sustentou que a bolsa de estudos que recebe significa apenas descontos nas mensalidades, sem cobrir todos os custos, reiterando a necessidade de ‘‘verbas alimentares’’.

O relator do agravo no colegiado, desembargador José Antônio Daltoé Cezar, observou que a pensão alimentícia foi estabelecida em 1999, no patamar de 4,5 salários mínimos, fruto de acordo firmado com mãe do menor na Justiça. Naquele período, disse, as necessidades da criança eram presumidas, em função da menoridade. Ou seja, por estar sob a constância do ‘‘poder familiar’’, cabia ao pai a responsabilidade pela subsistência do filho.

O pai alega que o filho já atingiu a maioridade e que tem plena capacidade de prover o próprio sustento. Por isso, a chamada ‘‘prestação alimentar’’ não pode mais ser julgada sob a premissa do ‘‘poder familiar’’, já que essa ligação se extinguiu com a maioridade do descendente, como prevê o artigo 1.635, inciso III, do Código Civil. Assim, não se pode mais falar em ‘‘necessidades presumidas’’, mas analisar a necessidade de pensionamento sob o prisma da reciprocidade familiar e de preservação da dignidade do alimentado, como sinalizam os artigos 1.694, 1.695 e 1.696 do Código Civil.

‘‘Nesta lógica, em que pese o alimentado tenha atingido a maioridade civil, estando atualmente com 20 anos, prevalece o dever de prestação alimentar, agora fundado na solidariedade familiar, pois ele demonstrou que carece deste aporte para manter-se minimamente’’, definiu o relator, dando provimento ao agravo.

Consultor Jurídico

Publicado por: Chico Gregorio


03/12/2018
10:43

Associações de categorias ligadas ao Poder Judiciário discutem formas para recuperar, ao menos em parte, perdas que teriam sido provocadas pelo fim do auxílio-moradia e cogitam a criação de um benefício adicional, com a justificativa de compensar a redução de valores nos vencimentos dos servidores. Caso avance, a sugestão deve ser levada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Os órgãos serão responsáveis por regulamentar casos em que o auxílio-moradia será permitido, após o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, revogar na semana passada liminares de 2014 que garantiram o pagamento do benefício sem restrições.

A decisão de Fux fez parte de um acordo com o presidente Michel Temerque sancionou reajuste de 16,38% para o salário dos ministros do STF – base para o restante do funcionalismo público. Associações de classe, porém, reclamam que a revisão é insuficiente para recompor a perda nos vencimentos com o fim do auxílio-moradia, que não sofre descontos por ser verba indenizatória. Já sobre o valor a mais no salário, incidem tributos.

“O que nós podemos ter, como uma regra de transição pelo menos, é algum tipo de pagamento de auxílio que complementasse as despesas, para pelo menos manter a irredutibilidade dos valores”, disse ao Estado o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Fernando Mendes. Segundo ele, a proposta ainda não está fechada.

Outra sugestão em fase de debate é de replicar regras do pagamento de auxílio-moradia previstas no Estatuto dos Servidores Públicos Federais. Instituído em 1990, o estatuto define o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O debate é feito num contexto em que as categorias se dizem vítimas de um tratamento desigual, tanto em direitos como da opinião pública, em relação a outros servidores contemplados com auxílio-moradia. “Ainda não se tem nada de concreto, mas certamente essa é uma das hipóteses que tem de ser avaliada. Porque não faz sentido também que o servidor da Justiça tenha direito maior que o próprio juiz. Isso aconteceu até 2014”, afirmou Mendes.

Presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), José Robalinho Cavalcanti disse que a solução ideal é aquela que uniformize as carreiras da magistratura e do Ministério Público. “O Estatuto dos Servidores tem alguns valores de auxílio-moradia menores do que é pago para juízes. Já que a questão é impacto econômico, se for uma discussão de colocar um valor mais baixo, a gente pode fazer.”

No caso do MP, porém, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recorreu para que a decisão de Fux não seja aplicada aos procuradores e promotores.

Segundo apurou o Estado, o CNJ já deu início ao processo para cumprir a decisão de Fux de regulamentar o pagamento do benefício. Enquanto isso, no CNMP ainda não houve avanço. Mesmo assim, as associações têm procurados conselheiros do CNMP para discutir a questão.

Nesta segunda, 3, e terça-feira, 4, o presidente do STF, Dias Toffoli, e alguns conselheiros do CNJ estarão reunidos na 12.ª edição do Encontro Nacional do Poder Judiciário, em Foz do Iguaçu (PR), evento visto como oportunidade para as associações abrirem diálogo com membros do conselho.

ESTADÃO CONTEÚDO

Publicado por: Chico Gregorio


03/12/2018
10:32

Resultado de imagem para fotos do programa medico da familia

Aposta do Mais Médicos para atrair profissionais para as unidades de saúde, programas de residência em medicina da família e comunidade têm atualmente quase 70% das vagas ociosas.

Nos últimos cinco anos, o número de vagas para a especialidade cuja principal função é prestar cuidados de saúde e prevenir doenças de uma comunidade cresceu mais de 260% —de 991 para 3.587.

Apesar da ampliação, dados do Ministério da Educação obtidos pela Folha mostram que a adesão a esse modelo ainda é baixa. Neste ano, de 3.587 vagas autorizadas para ingresso na residência em medicina da família, só 1.183 foram preenchidas —33%.

Para especialistas, o problema ocorre devido à baixa remuneração desses profissionais e à pouca atratividade da carreira na atenção básica. Diante da falta de equipes nessa área, o Mais Médicos fez parceria para ter profissionais cubanos nos últimos anos.

No mês passado, Cuba anunciou a saída do programa, por divergir das condições impostas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), como revalidação do diploma e mudanças na remuneração —Havana só repassa cerca de um quarto aos profissionais.

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Publicado por: Chico Gregorio


03/12/2018
10:27

O ex-presidente Lula está recebendo pressão de amigos, correligionários e familiares para concordar com o pedido de uma prisão domiciliar.

O petista sempre rechaçou a ideia, com o argumento de que faz questão de ter a inocência reconhecida.

TEM QUE SER

De acordo com interlocutores, ele segue resistindo à hipótese. Mas pessoas que o visitam estão dispostas a insistir nela.

PASSADO

A chance de Lula obter o benefício de cumprir o restante de sua pena em casa surgiu em junho, quando o advogado Sepúlveda Pertence entregou um memorial aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) fazendo o pedido. Lula, no entanto, repeliu a ideia.

PRESENTE

Mesmo que o ex-presidente agora concorde e que o pleito seja novamente apresentado, não é seguro que será atendido pelo tribunal.

MÔNICA BERGAMO

Publicado por: Chico Gregorio


03/12/2018
10:25

Foto: Divulgação

Estão abertas as inscrições para o concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com 500 vagas distribuídas em todo Brasil. A remuneração inicial é de R$ 9.473,57. Para participar, é necessário ter nível superior em qualquer área, habilitação categoria B e idade entre 18 e 65 anos.

Há vagas nos seguintes estados: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima, Rondônia, São Paulo e Tocantins.

O quadro a seguir mostra o número de vagas em cada unidade da Federação:

Provas

O concurso será composto de provas objetivas, divididas em três blocos, redação, testes físicos, avaliação de saúde, psicológica, de títulos e investigação social.

No dia 3 de fevereiro DE 2019, os candidatos farão as avaliações objetivas e a discursiva. Eles terão 4 horas e 30 minutos para resolver as questões e elaborar o texto dissertativo.

No exame de capacidade física, os candidatos serão submetidos a testes de flexão em barra fixa, abdominal, impulsão horizontal e de corrida de 12 minutos.

A seleção é organizada pelo Cebraspe. Os interessados podem se inscrever até o dia 18 de dezembro. A taxa de participação custa R$ 150.

Metrópoles

 

Publicado por: Chico Gregorio


02/12/2018
09:54

 

A confirmação do não pagamento das folhas salariais de dezembro e do décimo terceiro salário aos cerca de 110 mil servidores do Governo do Estado implicará na não circulação de aproximadamente R$ 1 bilhão ao longo do mês de dezembro na economia do Rio Grande do Norte. De acordo com dados do Sistema Fecomércio/RN, os salários do funcionalismo público potiguar – incluindo Prefeituras, o próprio Estado e os servidores federais aqui lotados – correspondem a cerca de 40% da massa salarial paga no Rio Grande do Norte. Somente o Governo do Estado responde por 28% desse total. Com estoques abastecidos para o ciclo natalino, considerado o melhor para o Comércio, empresários temem queda nas vendas, retração na prestação de serviços e menor abertura de postos de trabalho.

“É um volume muito grande de recursos que deixarão de circular. É impossível não dizermos que haverá, sim, reflexos negativos nas nossas vendas, com possíveis impactos até mesmo na geração de empregos”, destaca o presidente do Sistema Fecomércio/RN, Marcelo Queiroz. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram o quão dependente o Rio Grande do Norte é da massa salarial do funcionalismo público. Isso porque, no terceiro trimestre deste ano, havia 233 mil pessoas ocupadas no setor público rendimento médio real habitual de R$ 2.824,00. A massa de rendimento de todos os servidores públicos no terceiro trimestre deste ano no RN, conforme o IBGE, somou R$ 2,101 bilhões.

O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL Natal), Augusto Vaz, reforça o risco para a economia em torno da falta de quitação desses salários. “O não pagamento dos salários do Estado com certeza reflete na nossa economia. Além de ter o prejuízo particular das famílias que sofrem com isso, acaba gerando inadimplência e novos problemas. Especificamente para a economia, esse não pagamento faz falta”, afirma. Augusto Vaz acreditava que o Governo do Estado conseguisse efetuar pelo menos uma parte do pagamento. “Esse dinheiro faz falta principalmente no final do ano. É o período mais aquecido do Comércio, um período muito importante de vendas. De 10 dezembro a 30 de dezembro, a gente tem um volume de vendas muito grande na cidade”, destaca o presidente da CDL Natal.

A expectativa de crescimento das vendas no ciclo natalino deste ano, conforme a CDL Natal, é de 4,5% ante mesmo ciclo de 2017. Com o não pagamento dos salários, a manutenção desse percentual é uma incógnita. “Não dá para medir o impacto”, diz Augusto Vaz. Ele confirma, porém, que para não deixar de consumir nessa época do ano, os empresários acreditam que o uso do cartão de crédito e o parcelamento das compras aumentará nos próximos dias. Isso pode gerar outro problema a partir de janeiro de 2019: o recrudescimento da inadimplência, que já afeta quase um milhão de potiguares.

Conforme exposto pelo presidente do Sistema Fecomércio/RN, a situação atual reforça a necessidade de um ajuste fiscal no Governo do Rio Grande do Norte. “Antes de mais nada é importante ressaltar que nós entendemos todas as dificuldades financeiras pelas quais o Executivo Estadual passa. E é exatamente por isso que temos alertado para a necessidade urgente de se encontrar caminhos para o reequilíbrio fiscal e financeiro das contas públicas. Mas, não podemos deixar de registrar que este não pagamento dos salários seria uma péssima notícia também para o comércio. Nossa economia é muito dependente dos salários dos servidores públicos em geral”, frisa Marcelo Queiroz.

Comércio de Rua

Entre os empresários que atuam com lojas de rua na Cidade Alta, tradicional bairro comercial da capital, o clima é de temor. “O nosso Estado depende muito do Governo, das Prefeituras e dos militares. Num momento que o décimo terceiro e os salários não são pagos, isso é muito forte para o comércio. É uma queda muito forte. O comércio sente isso muito rápido. O Estado praticamente para, empobrece numa hora dessas. O Estado deveria fazer uma força para efetuar esses pagamentos. A população que depende desses recursos também espera”, declara Delcindo Mascena, empresário e presidente da Associação Viva o Centro de Natal (AVICEN).

A chefe do Gabinete Civil do Governo do Estado, Tatiana Mendes Cunha, afirmou que não há recursos para pagar o décimo terceiro salário de 2018 no final da manhã da sexta-feira passada, 30. Segundo Tatiana Mendes Cunha, a folha de dezembro também deve ser paga somente em janeiro, pelo histórico recente do Estado em pagar a folha no mês seguinte. Se o quadro for confirmado, o governador Robinson Faria deixará duas folhas não pagas para a governadora eleita Fátima Bezerra no seu primeiro mês de mandato.

Tatiana Mendes Cunha afirmou que o uso de tropas federais nas eleições é pertinente. A secretária-chefe do Gabinete Civil disse que não há recursos para pagar salários.

Tribuna do Norte

Publicado por: Chico Gregorio


02/12/2018
09:49

Fátima inspira mais confiança (Foto: Pedro Vitorino)

A maioria dos leitores  que participaram da enquete da semana afirmaram que estão mais otimistas com a governadora eleita Fátima Bezerra (PT) do que com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Para 55% a futura governadora inspira mais confiança na gestão que se inicia em exatamente daqui a um mês. Já 30% dos leitores declararam maior crença em Bolsonaro.

Ainda foram dadas outras duas alternativas aos leitores. Para 15% dos leitores nenhum dos dois inspira otimismo para o novo ciclo que se inicia enquanto apenas a alternativa “Os dois” não pontuou.

Na próxima terça-feira será lançada uma nova enquete.

Nota do Blog: a enquete reflete o resultado das urnas em que Fátima foi a mais votada no RN e em Mossoró ao contrário de Jair Bolsonaro.

Via Bruno Barreto.

Publicado por: Chico Gregorio


02/12/2018
09:29

247 – A advogada Damares Alves, assessora do senador Magno Malta e da Frente Parlamentar Evangélica, é o que se pode considerar a mãe da farsa do kit gay, segundo aponta reportagem de Joaquim de Carvalho, no DCM.

Como Magno Malta, Damares tem um histórico de divulgação de dados e histórias que não guardam nenhuma relação com a verdade.

Publicado por: Chico Gregorio


02/12/2018
09:25

drauzio varella - Mais Médicos está ameaçado - Por Drauzio VarellaDo dia para a noite, 8 mil cubanos abandonaram suas vagas no Programa Mais Médicos, deixando desassistidas as áreas mais vulneráveis do País. Para o médico Drauzio Varella, um dos mais renomados do Brasil, o Mais Médicos foi “o programa de interiorização de maior alcance e duração” já desenvolvido e agora está ameaçado.

“Acho que o defeito foi ter deixado o programa na mão do governo de Cuba, porque podiam a qualquer momento romper o acordo, como de fato aconteceu”, afirma Drauzio.

Na entrevista a seguir, ele diz que o perfil dos médicos formados no Brasil – de classe média alta e predominantemente feminino – dificulta a fixação do profissional nas regiões do País que mais precisam. “Você acha que essas pessoas de classe média alta vão querer ir para esses lugares? Você tem uma filha, paga caro na faculdade dela, você quer que ela se forme para trabalhar no sertão de Alagoas?”

Qual é sua visão geral sobre o Mais Médicos?

O Mais Médicos foi o programa de interiorização de maior alcance e duração. Nunca um programa alcançou tantas pessoas em território nacional e durou tanto tempo. Acho que o defeito foi ter deixado o programa na mão do governo de Cuba, porque o acordo podia ser rompido a qualquer momento, como aconteceu. E daí você tem mais de 8 mil médicos para substituir. Primeiro, surgiu essa situação com as declarações do presidente (eleito) dizendo que os médicos eram ruins, que o programa era só para dar dinheiro para Cuba. E então, tiraram todo mundo de uma vez. Eles não podiam ter pego a gente de “calça curta”. Foi aberto o concurso, preencheram aproximadamente 90% das vagas, e acham que foi um sucesso. Só que muitos fazem o concurso, se apresentam, se inscrevem e depois não vão. Ou não gostam da cidade para a qual foram designados, e uma série de outros problemas. Outros já trabalham no Estratégia Saúde da Família e largam para ter um salário melhor, o que desfalca o programa. Precisamos entender que tem muito chão entre fazer inscrição no programa e realmente conseguir ser designado para começar a trabalhar.

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Publicado por: Chico Gregorio


02/12/2018
09:04

O Judiciário quadruplicou o gasto com pessoal em pouco mais de duas décadas, em termos reais – já descontada a variação da inflação. Comparado com Executivo e Legislativo, foi o Poder que mais expandiu as despesas com a folha de pagamento de 1995 a 2017, último ano com dados consolidados. Especialistas em administração pública ouvidos pelo Estado acreditam que essa tendência deve se manter, já que o presidente Michel Temer sancionou na semana passada o reajuste de 16,38% para o Judiciário e o Ministério Público.

Em 20 anos, o País e a demanda por serviços cresceram, e mais servidores foram contratados – parte deles para ocupar as vagas dos que se aposentaram. No caso do Judiciário, contudo, houve um descompasso entre o crescimento do número de funcionários e o dos gastos com pessoal. Em 2015, em comparação com 1995, a despesa com a folha salarial era 120% maior do que seria caso tivesse apenas acompanhado o aumento no número de servidores.

A comparação se dá em termos reais, ou seja, os servidores tiveram ganhos acima da inflação no período. Não foi possível fazer os cálculos em relação a 2017, porque o Boletim Estatístico Pessoal do Ministério do Planejamento, que detalhava o número de servidores dos três Poderes, deixou de ser publicado.

O Ministério Público da União, que não tem status de Poder, apresenta a relação mais estreita entre a expansão de pessoal e o crescimento dos gastos com folha de pagamento. No final de 2015, gastava 28% a mais do que se somente bancasse as novas contratações. Porém, no histórico da evolução de gastos com pessoal, o MP da União registrou aumento de despesas maior até do que o Judiciário: mais de 347%, em termos reais, de 1995 a 2017.

Na avaliação de estudiosos da administração pública, há dois motivos principais para explicar a maior expansão dos gastos do Judiciário: o crescimento da estrutura do Poder e a alta capacidade de pressão dos magistrados. O reajuste no contracheque dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foi negociado diretamente pelo presidente da Corte, Dias Toffoli.

“Essas (categorias – Judiciário e MP) têm poder de pressão porque estão próximas à tomada de decisão”, disse o professor da FGV Sérgio Luiz Moraes Pinto. Segundo ele, historicamente, os funcionários do Judiciário e do Ministério Público da União já recebem salários mais altos.

Conforme a edição mais recente da publicação Justiça em Números, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com dados de 2016, a despesa média do Judiciário com magistrados é de R$ 48,5 mil, e com servidores, de R$ 15,2 mil. Enquanto isso, no Executivo, a remuneração média mensal é de R$ 11,2 mil para ativos e R$ 9 mil para inativos, segundo o documento elaborado pelo Ministério do Planejamento para o governo de transição do presidente eleito, Jair Bolsonaro.

O documento do Planejamento atribui ainda o tamanho da despesa da União com pessoal ao que classifica como elevados rendimentos de servidores federais. “Os altos níveis de gastos são impulsionados pelos altos salários dos servidores públicos, e não pelo número excessivo de servidores. Isso se verifica principalmente na esfera federal, onde os salários são significativamente mais altos que aqueles pagos a servidores dos governos subnacionais, ou a trabalhadores em funções semelhantes no setor privado.”

Gil Castello Branco, da ONG Contas Abertas, vê dois problemas nesse cenário. O primeiro é a disparidade entre salários da União. “Deveria haver uma harmonia maior entre os Poderes.” O segundo é a indexação dos salários ao teto constitucional. “O problema não é 11 ministros da Corte Suprema receberem R$ 40 mil, o problema são as indexações”, disse, citando como exemplo o fato de um policial federal poder alcançar a mesma remuneração que recebem os integrantes da Corte.

Para entidades, aumento da estrutura é explicação

Entidades representativas de juízes e procuradores federais atribuem a ampliação das despesas com pessoal nos últimos 20 anos a uma maior estruturação das instituições que, diferentemente do Executivo, eram bem menores.

Segundo o presidente da Associação de Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Fernando Mendes, no período da redemocratização havia apenas cerca de 50 juízes federais no País. Hoje, conforme Mendes, são mais de 2 mil espalhados por capitais e pelo interior do País.

“Se a Justiça for vista como custo, realmente teve um aumento. Mas o aumento da estrutura também trouxe um lado positivo na arrecadação”, disse.

A máquina pública cresceu e, no caso do Judiciário e do Ministério Público da União, se estruturou melhor nas últimas décadas. Até 1995, haviam sido implantadas 23 unidades do MP Federal em municípios e 33 nas capitais. O número saltou para 221 municípios após a sanção de legislação de 1993 que definiu a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União. “A instituição passou por um grande processo de interiorização, com a construção e instalação de procuradorias para atender a municípios em todo País”, diz nota da Procuradoria-Geral da República.

Em duas décadas, o número de funcionários do MP da União aumentou 217%. Foi, de longe, o setor que mais cresceu proporcionalmente. O Judiciário, que fica na segunda colocação, aparece bem abaixo, com expansão de 67%.

Para José Robalinho, presidente da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR), há um número maior de carreiras qualificadas no MPU e no Judiciário. “O Executivo é muito maior, você mistura as carreiras de elite com nível médio, aí a média é menor”, disse. “Tenho certeza que, se você olhar as carreiras-chave deles, Tesouro, Receita, AGU, e falo isso com tranquilidade, tenho certeza que tiveram reajustes maiores que a magistratura e o MP.”

ESTADÃO CONTEÚDO

Publicado por: Chico Gregorio


02/12/2018
08:59

Celulares usados em empresa para enviar mensagens de WhatsApp em massa

Relato e documentos apresentados à Justiça do Trabalho e obtidos pela Folha detalham o submundo do envio de mensagens em massa pelo WhatsApp que se instalou no Brasil durante as eleições deste ano.

Uma rede de empresas recorreu ao uso fraudulento de nome e CPF de idosos para registrar chips de celular e garantir o disparo de lotes de mensagens em benefício de políticos.

Entre as agências envolvidas no esquema está a Yacows. Especializada em marketing digital, ela prestou serviços a vários políticos e foi subcontratada pela AM4, produtora que trabalhou para a campanha do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).

Folha falou diversas vezes com o autor da ação, Hans River do Rio Nascimento, ex-funcionário de uma dessas empresas. Nas primeiras conversas, ocorridas a partir de 19 de novembro e sempre gravadas, ele disse que não sabia quais campanhas se valeram da fraude, mas reafirmou o conteúdo dos autos e respondeu a perguntas feitas pela reportagem.

No dia 25, ele mudou de ideia após fazer acordo com a antiga empregadora, registrado no processo. “Pensei melhor, estou pedindo pra você retirar tudo que falei até agora, não contem mais comigo”, disse, em mensagem de texto. Três dias antes, a Folha havia procurado a Yacows para solicitar esclarecimentos.

As conversas gravadas e a ação que Nascimento move acrescentam detalhes ao esquema revelado pela Folha em outubro, quando reportagem mostrou que empresários pagaram para impulsionar mensagens anti-PT na disputa eleitoral.

Após a publicação da reportagem, o WhatsApp bloqueou as contas ligadas às quatro agências de mídia citadas pela Folha por fazerem disparos em massa: Quickmobile, Croc Services, SMS Market e Yacows.

Nascimento descreve a atuação de três agências coligadas: Yacows, Deep Marketing e Kiplix, que funcionam no mesmo endereço em Santana (zona norte de São Paulo) e pertencem aos irmãos Lindolfo Alves Neto e Flávia Alves. Nascimento esteve empregado pela Kiplix de 9 de agosto a 29 de setembro com salário de R$ 1.500.

Segundo seu relato, as empresas cadastraram celulares com nomes, CPFs e datas de nascimento de pessoas que ignoravam o uso de seus dados. Ele enviou à reportagem uma relação de 10 mil nomes de pessoas nascidas de 1932 a 1953 (de 65 a 86 anos) que, afirma, era distribuída pela Yacows aos operadores de disparos de mensagens.

Nascimento afirma que os dados utilizados sem autorização eram parte importante do esquema.

A lei exige o cadastro de CPFs existentes para liberar o uso de um chip. Como o WhatsApp trava números que enviam grande volume de mensagens para barrar spam, as agências precisavam de chips suficientes para substituir os que fossem bloqueados e manter a operação.

Ainda segundo Nascimento, a linha de produção de mensagens funcionou ininterruptamente na campanha.

As condições a que alega ter sido submetido —ele diz não ter sido registrado, não ter feito pausa para almoço e não ter recebido horas extras— levaram-no a ajuizar ação trabalhista contra a Kiplix.

Ele anexou ao processo fotos e trocas de mensagens entre funcionários e os donos das empresas nas quais discutem a operação antes do primeiro turno.

Em uma das mensagens compartilhadas com a Folha por Nascimento, um supervisor diz a todos os funcionários que eles devem trabalhar no final de semana: “Campanha de GOV iniciando!”. Nenhum candidato a governador declarou ao Tribunal Superior Eleitoral despesas com essas agências.

Print de tela com mensagens sobre a campanha eleitoral trocadas em grupo de WhatsApp da empresa Yacows

Nascimento apresentou à Folha fotos de salas cheias de computadores ligados a diversos celulares e chipeiras —equipamento que usa o chip de celular para emular o WhatsApp e fazer os disparos— além de caixas com chips.

Uma vez ativados com os dados usurpados, os chips eram usados em plataformas de disparos em massa no WhatsApp. “Cerca de 99% do que fazíamos eram campanhas políticas e 1% era para a Jequiti [marca de cosméticos]”, disse Nascimento à Folha.

A Deep Marketing prestou serviços, entre outros candidatos, para Henrique Meirelles (MDB), que disputou a Presidência e declarou pagamento de R$ 2 milhões à empresa por “criação e inclusão de páginas da internet”. A Kiplix trabalhou para a AM4, agência à qual Jair Bolsonaro declarou ao TSE pagamento de R$ 650 mil.

Em trocas de mensagens, funcionários e donos das agências discutem o aumento do volume de trabalho na campanha eleitoral.

“Daqui até o primeiro turno das eleições teremos trabalho nos finais de semana. E extra de madrugada liberado”, diz a pessoa identificada como Lindolfo Alves em uma mensagem.

“Inclusive os que folgariam na segunda também devem vir”, diz um número identificado como de Flávia Alves, irmã e sócia de Lindolfo, em uma das conversas anexada no processo.

Outra mensagem em nome de Flávia, de 5 de outubro, antevéspera do primeiro turno, diz: “Pessoas, reta final final das eleições, amanhã trabalhamos cada turno em seu horário, liberado hora extra, principalmente de sábado para domingo.”

Segundo Nascimento, ele e vários de seus colegas chegaram a trabalhar 16 horas seguidas para dar conta dos disparos encomendados pelas campanhas. “Muita gente dormia lá, na escada, sofá, hall. Descansava um pouco, ia lá e fazia mais um turno”, disse.

Uma mensagem em nome de Flávia explica aos funcionários que a empresa cresceu “desordenadamente nos últimos meses com a operação da bulk services [disparos em massa]” e que o prédio usado não comportava mais seus quase 200 funcionários.

Outra irregularidade aparece nas mensagens enviadas por um supervisor que descreve o uso de robôs para disparar as mensagens em massa, algo que a legislação eleitoral veda: “Entre um envio e outro do robô, haverá uma pausa de 2 a 6 segundos. A cada 50 mensagens, uma pausa de 10 segundos.”

O professor de direito eleitoral Diogo Rais, da Universidade Mackenzie, afirma que o uso de robô pode ser enquadrado pela lei como pagamento indevido. “Se o conteúdo das mensagens for falando mal de alguém, poderia até configurar crime eleitoral.”

Ao menos outros 15 candidatos a deputado estadual, federal e senador declararam ao TSE ter usado os serviços da Deep Marketing e da Kiplix.

A candidata ao senado Maurren Maggi (PSB) declarou ter pago R$ 60 mil à mesma empresa sob a rubrica “serviços prestados por terceiros”, sem alusão a disparos. A descrição também é usada pelo candidato a deputado estadual Edmir Chedid (DEM-SP) ao declarar R$ 9.000 pagos à Kiplix .

João Leite (PSDB-MG), candidato a deputado estadual, foi um dos poucos a especificar em declaração ao TSE que seu gasto de R$ 44 mil foi com impulsionamento de conteúdo.

OUTRO LADO

A empresa Yacows, que segundo documentos exibidos pelo ex-funcionário Hans River do Rio Nascimento mantinha um esquema de disparos em massa de propaganda política por celular, afirmou à Folha que não há evidências de atos ilícitos no processo trabalhista aberto por Nascimento e que não compactua com práticas ilegais.

“A Yacows reafirma que não foi contratada em nenhum momento pela equipe da campanha do candidato Jair Bolsonaro para distribuir conteúdo eleitoral e pode dizer o mesmo das demais empresas que possuem sócios em comum, citadas pelas reportagens da Folha“, diz, aludindo à Deep Marketing e à Kiplix.

O TSE afirmou que a Yacows integra o polo passivo de uma ação cautelar e é investigada em outro processo. Mas “o TSE não se pronuncia a respeito de casos sub judice”, diz nota.

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) afirmou que “casos de clonagem de linhas e utilização indevida de dados pessoais podem configurar eventual fraude junto às prestadoras, que devem, dentre suas obrigações, adotar medidas de combate a essas práticas”.

“Há que se observar, ainda, que, nos termos do artigo 307 do Código Penal Brasileiro, constitui crime atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem, conduta que deve ser apreciada pelos órgãos competentes”, diz a nota.

A Claro, operadora da maioria dos chips de celular usados no esquema, afirma repudiar o uso não autorizado de dados. “A Claro informa que vende e habilita milhares de chips e linhas móveis mensalmente e esclarece que não detectou nenhum comportamento atípico nas vendas”, diz a operadora, que afirma estar “à disposição das autoridades à frente do caso”.

A AM4, fornecedora da campanha de Jair Bolsonaro, afirmou que durante as eleições fez um único envio de mensagem com ferramenta contratada, no dia 13 de setembro, pelo site www.bulkservices.com.br. Segundo a empresa, a mensagem foi para uma lista de 8.000 telefones previamente cadastrados pela campanha, dentro portanto da legislação eleitoral.

“A AM4 desconhecia que a plataforma Bulkservices pertencesse a Kiplix/Yacows/Deep Marketing e que eles faziam também venda de cadastros”, disse a empresa à Folha.

A assessoria de Henrique Meirelles, candidato à Presidência pelo MDB, afirmou que a Deep Marketing foi contratada para organizar envio de mensagens exclusivo para base de dados do partido ou voluntariamente cedidos por eleitores.

“A campanha nunca contratou ou autorizou o envio de mensagens para bases compradas e não teve conhecimento de qualquer prática irregular pelos prestadores de serviços”, afirma a nota.

O deputado Edmir Chedid afirmou, por meio de sua assessoria, que usou pela internet a plataforma de serviços Bulk Services, “a qual disponibilizou à campanha apenas o acesso à sua plataforma de serviços via internet, visando a transmissão de vídeos de propaganda”.

À época da reportagem da Folha que mostrou que empresários pagaram para impulsionar mensagens anti-PT, Bolsonaro negou qualquer irregularidade. Disse que sua campanha era feita de apoio voluntário e que não tinha controle nem como tomar providências contra empresários que estivessem agindo dessa maneira.

FOLHAPRESS

Publicado por: Chico Gregorio