19/03/2019
07:03

 

soldados planalto - 'TUDO ERA MOTIVO PARA APANHAR': Soldados do Batalhão da Guarda Presidencial relatam agressões físicas praticadas por companheiros

Quando se alistaram para o serviço militar obrigatório, os soldados Lucas*, 25 anos, Jorge* e Rafael*, ambos de 20, sonhavam em servir no Exército e seguir carreira nas Forças Armadas. O que eles não imaginavam era que, da porta para dentro do quartel, a rotina seria de humilhações e castigos físicos. A violência era praticada nas dependências do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) e ocorria com a anuência de superiores, como forma de “manter a ordem”, conforme denunciam.

No BGP existe uma regra não escrita de que os militares lotados na unidade devem apanhar para “engrossar o couro”. As sessões de espancamento praticadas por soldados contra colegas de mesma patente ocorriam pelos motivos mais fúteis e serviam como castigo diante de qualquer mínimo desvio disciplinar. Lucas, Jorge e Rafael estão entre os alvos das agressões que, segundo eles, eram frequentes.

Lucas conseguiu filmar os abusos em fevereiro passado. Agora, o trio, que deixou a Força após anos de serviços prestados, aguarda laudo do Instituto Médico Legal (IML) para levar o caso ao Ministério Público Federal (MPF).

“Tudo era motivo para apanhar”, resume Rafael sobre os dias de farda. Quem faltasse ao serviço ou chegasse atrasado era recebido pelos colegas aos tapas. O mínimo desleixo com a aparência ou limpeza do uniforme também era razão para uma “cautela”, nome dado pelos soldados aos castigos. Coturno não engraxado, farda suja ou amarrotada, cabelos ou barba malfeitos resultavam em surras de cinto e até pedaços de madeira. Quando faltavam motivos, qualquer pretexto servia aos agressores para começar uma sessão de espancamento. Receber o primeiro salário, voltar das férias ou fazer aniversário eram razões para membros de baixa patente da guarda presidencial se juntarem em torno de uma vítima.

“Essa violência gerava um bom andamento no quartel.” Veja depoimento de Lucas, um dos soldados vítima das agressões: Depois entrou um novo capitão e ele fazia vista grossa para tudo que acontecia lá dentro. Nós levamos o caso aos superiores, mas eles riam. Diziam que era para manter a ordem e que aquilo daria um bom andamento à companhia”.

O batalhão onde os soldados eram lotados é responsável pela segurança das residências oficiais da Presidência e da Vice-Presidência da República bem como do Palácio do Planalto. Entre as vítimas, Lucas foi quem incentivou os colegas a denunciarem o caso. Ele é o que tem mais tempo de serviço: ficou cinco anos no BGP, localizado no Setor Militar Urbano (SMU). Os outros dois ficaram dois anos na unidade. “Quando eu entrei, entre 10 e 15 deles me bateram e disseram que estavam me ‘batizando’ para pertencer àquele lugar”, lembra Lucas.

Segundo o soldado, a situação piorou quando houve a troca do capitão que chefiava a unidade, em dezembro de 2018. O antigo chefe era rigoroso e punia os “brigões” sempre que um caso de agressão chegava a seu conhecimento. Um dos instrumentos usados nas agressões tornou-se lendário dentro do BGP. Um pedaço de madeira pouco maior do que uma folha A4 era temido no batalhão. A tábua era usada pelos agressores para bater nos soldados. Depois de apanhar, as vítimas tinham o nome anotado na placa.

Ao fim dos oitos anos que um militar temporário pode servir, a “relíquia” era disputada por aqueles que se despediam do Exército. A tábua continha os nomes de todos que apanharam nos últimos oito anos. No novo ciclo, outro pedaço de madeira era providenciado para continuar com o violento modo de garantir a disciplina adotado no Batalhão da Guarda Presidencial. Quaisquer instrumentos ou objetos ao alcance da mão serviam aos algozes para castigar os colegas. O cinto da farda, a bainha do facão e até a ripa de madeira que sustenta os colchões eram usados. Os golpes geralmente eram dados na região da cintura, nádegas e pernas.

Pela hierarquia estabelecida pelos próprios soldados, os de menos idade devem obedecer aos mais velhos. Caçula do quartel, Rafael era também um dos que mais apanhava. “Eu era acordado de madrugada para lavar pratos e limpar banheiros. Não podia dizer não.” A agressão mais recente praticada contra Rafael ocorreu em 20 de fevereiro de 2019. Após apanhar e relatar a situação ao capitão da companhia, o agora ex-militar diz que foi dispensado e mandado de volta para casa.

Com muitas dores naquele dia e dificuldade para caminhar, o rapaz conta que pediu ajuda a um cabo para ir até a enfermaria. “Ele me viu lá e me chamou até a sala dele, ou seja, não me deixou ser atendido. E disse que eu estava desobedecendo. Ele pegou o laudo com o relatório do meu atendimento, rasgou, e me mandou embora para casa”, narra Rafael.

Naquela data, o jovem foi à guarnição dar baixa após ser dispensado do Exército. As agressões foram a “surra de despedida”. Caçula de uma família de sete pessoas, Rafael diz que só voltou no dia seguinte para pegar documentos e objetos pessoais que tinham ficado no BGP porque dependia do salário. “Minha vontade era de não ir depois daquela humilhação. Só fui por causa da minha família.” Após o episódio, amigos inconformados com a situação foram procurar os superiores para denunciar o caso. Cabos, sargentos e o capitão não deram importância, segundo relatos.

Apenas após chegar ao adjunto de comando foi que tomaram alguma providência. Os denunciantes tentaram falar diretamente com o tenente-coronel Pedro Aires Pereira Júnior, responsável pelo BGP, para comunicar o ocorrido, mas não foram recebidos. “Isso é quebra de hierarquia, mas os nossos superiores diretos não tomaram providências, por isso tentamos falar diretamente com o tenente-coronel”, conta Lucas, que é amigo de Rafael. Rafael registrou boletim de ocorrência na 3ª DP (Cruzeiro), a mais próxima ao batalhão, por lesão corporal. Ele aguarda a emissão do laudo do IML para tomar providências judiciais contra o Exército e levar a denúncia ao Ministério Público.

A situação ganhou atenção dos superiores após os soldados ameaçarem levar o caso à Justiça e à imprensa. “São as duas únicas coisas que eles têm medo. Quando a gente falou que levaria para a mídia, reuniram todo mundo que agredia e expulsou do Exército”, disse Lucas. Ainda segundo o ex-militar, 12 pessoas foram desligadas da Força.

Jorge também era uma das vítimas frequentes das sessões de espancamento. Ele tinha dois anos de serviço no BGP quando deixou o batalhão, também em fevereiro deste ano. Segundo ele, após o adjunto de comando tomar conhecimento da situação e exigir explicações dos agressores, as vítimas que relataram o caso passaram a receber ameaças. “Você fica esperto comigo. Se eu te pegar, te quebro de cacete”, ouvia dos brigões.

Para Jorge, a lógica dos castigos é semelhante à de trotes em universidades: “Fazer com o outro o que fizeram comigo”. “Tem gente com 18 anos lá dentro dizendo que isso não acontecia. Só que cabo e sargento já foram soldados. Eles também já apanharam e já bateram, por isso o apoio dos mais antigos. Por isso ninguém faz nada”, lamenta. O Metrópoles pediu posicionamento oficial do Ministério da Defesa e do Exército. A pasta não quis se manifestar.

Por meio de nota, o Exército disse que tomou conhecimento do fato no dia 20 de fevereiro e que, “de imediato, o comandante da unidade determinou a instauração de processo administrativo”. Ainda segundo a corporação, houve a determinação para que “a suposta vítima fosse submetida ao exame de higidez física, a fim de elucidar os fatos”.

Por fim, o Exército informou que o Comando Militar do Planalto (CMP) está acompanhando as apurações e aguarda solução para tomar as medidas pertinentes. No entanto, a Força não informou quantos militares estão lotados no BGP. Questionados pela reportagem, a Presidência e a Vice-Presidência da República não quiseram se manifestar.

Fonte: Metrópoles

Publicado por: Chico Gregorio


19/03/2019
06:55

Bolsonaro anuncia novas privatizações (Foto: Reprodução)

O presidente Jair Bolsonaro anunciou, nesta terça-feira (19), mais privatizações.

“No Brasil, as privatizações visam o combate à corrupção bem como a geração de renda e empregos. Seguimos o prometido durante a campanha: tirar do Estado tudo o que puder ser administrado pela iniciativa privada”, disse o presidente.

Bolsonaro informou que mais 22 aeroportos serão estudados na 6ª rodada de concessões.

“Eles vão do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Goiás, Tocantins, Piauí, Pernambuco até o Maranhão”, finalizou.

Publicado por: Chico Gregorio


19/03/2019
06:50

Publicado por: Chico Gregorio


19/03/2019
06:46

Publicado por: Chico Gregorio


19/03/2019
06:42

Via Esmael Morias,

O Encontro Nacional Lula Livre realizado no último sábado, em São Paulo, além de ressignificar a campanha pela liberdade do ex-presidente, iniciou um processo de unidade das principais forças partidárias da esquerda, dos movimentos sociais e sindicais. 

Leia mais

Publicado por: Chico Gregorio


19/03/2019
06:39

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em discurso de pouco mais de 12 minutos no seminário “Reforma da Previdência”, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, defendeu a reforma da Previdência, mas criticou dois pontos da PEC enviada pelo governo: em relação às mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural. Segundo o deputado, “o governo criou confusão desnecessária no debate” por causa da forma como desenhou as mudanças tanto no BPC quanto na aposentadoria rural, pontos destacados por ele como objetos de “problemas e polêmicas”.

Para Maia, se a medida não tiver impacto fiscal, é melhor a reforma da Previdência não alterar as regras do BPC, destinado a idosos pobres e deficientes físicos. Pela proposta de emenda constitucional (PEC) enviada pelo governo ao Congresso Nacional há um mês, o valor do benefício do BPC será reduzido a R$ 400, mas a pensão poderá ser pedida a partir de 60 anos. Hoje, para receber o BPC, no valor de um salário mínimo, a idade mínima é de 65 anos.

“Se do ponto de vista fiscal não tiver nenhum tipo de impacto, a melhor discussão é a não discussão desse tema”, afirmou Maia.

O presidente da Câmara já havia criticado as mudanças no BPC propostas pelo governo, ao discursar na abertura do evento. Segundo ele, a própria equipe econômica já sinalizou que as mudanças no BPC teriam efeito nulo no impacto fiscal da reforma. Na visão do presidente da Câmara, mudar o BPC atrapalha a comunicação, junto à sociedade, sobre a importância da reforma.

“Quando bota o BPC, parece que é uma sinalização de que vai atingir os mais simples, o que não é verdade, até porque os mais simples já estão atingidos pela Previdência atual. Eles só se aposentam quando atingem 65 anos”, afirmou Maia. Segundo o deputado, retirar o BPC da reforma poderia ajudar a aprovar a PEC.

Maia lembrou das resistências da sociedade em relação às mudanças nas regras previdenciárias. “Às vezes, estamos debatendo a (reforma da) Previdência e parece que estamos contra as pessoas. Os brasileiros, inclusive servidores públicos, muitas vezes atacam uma reforma que é a favor deles”, afirmou o presidente da Câmara, completando que “nunca conseguimos mostrar qual a importância da reforma da Previdência,”

Ainda assim, Maia ressaltou a importância de se trabalhar pela aprovação da reforma, pois “construímos, nos últimos 30 anos, um Estado inviável de continuar existindo”. “Ou a política reconstrói as despesas ou o divórcio da política com a sociedade será cada vez maior”, disse o deputado, numa referência à incapacidade de o Estado atender demandas sociais dos cidadãos.

No fim do discurso, Maia fez um alerta sobre as consequências de a reforma não ser aprovada. Segundo o presidente da Câmara, se o sistema previdenciário quebrar, o governo federal será obrigado a “aumentar o endividamento”, mas quando não tiver mais capacidade de colocar títulos da dívida no mercado, terá que “emitir moeda”, o que levaria a economia brasileira de volta à “hiperinflação”, que corroeria os salários, prejudicando especialmente os mais pobres.

Placar
O presidente da Câmara dos Deputados evitou fazer estimativas de quantos parlamentares estão, atualmente, favoráveis à reforma da Previdência. Mais cedo, Maia havia dito que o Parlamento “não tem 320 liberais”. Questionado sobre a afirmação, o deputado afirmou que citou o número apenas para mostrar que os parlamentares precisam ser convencidos, já que muitos deles não foram eleitos defendendo uma agenda de reformas econômicas.

“Não tem 320 deputados que foram eleitos com a agenda da reforma da Previdência. Temos que mostrar aos 320 a importância da reforma da Previdência”, afirmou Maia. “Precisamos mostrar a 250, 280 deputados que não foram eleitos com essa agenda, que para que o Brasil volte a investir, precisamos da reforma da Previdência”, completou.

Maia evitou comentar estimativas já informadas publicamente pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. “Não gosto de tratar de números. Números mais atrapalham do que ajudam, porque você tem a obrigação de ficar justificando seus números. A questão do número é para os últimos dois dias antes da votação”, afirmou o deputado.

Embora tenha evitado fazer estimativas sobre o número de deputados favoráveis à reforma, Maia reafirmou que acredita na possibilidade de aprovar a PEC ainda no primeiro semestre e demonstrou otimismo. “Com uma boa articulação política, com um bom diálogo do Poder Executivo com o Legislativo, e isso o ministro Paulo Guedes tem feito muito bem, temos hoje um ambiente muito melhor do que tivemos no passado para aprovar uma reforma da Previdência que tenha impacto relevante”, disse o presidente da Câmara, evitando comentar detalhes da tramitação da PEC na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Questionado sobre resistências entre partidos que poderiam apoiar a reforma, Maia disse que a intenção é “trazer todos os partidos”. O presidente da Câmara citou PRB, DEM, PPS, PSDB, PSB, PR, PP e Solidariedade.

Publicado por: Chico Gregorio


18/03/2019
10:29

O senador Jean-Paul Prates (PT)   esteve na  manhã deste domingo (17)  reunido com os companheiros/as do Polo Agreste e Litoral Sul do PT/RN na sede da Fundação SOS Rio Piquiri, em Pedro Velho, para conversar sobre construção partidária, desenvolvimento regional e reforma da previdência para lideranças de 18 municípios da região agreste. Coloquei o mandato à disposição e enfatizei a importância da nossa luta conjunta na construção e fortalecimento do partido no interior do estado.

Ouvimos as demandas dos representantes e da população presente e destaquei os principais pontos que estão sendo trabalhados pelo mandato e que podem contribuir para o desenvolvimento da região.

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Publicado por: Chico Gregorio


18/03/2019
10:17

COMUNICADO A POPULAÇÃO DE SÃO JOSE DO SERIDÓ:

As viagens pela Secretaria Municipal de Saúde ( disponibilidade de carros) , só serão disponibilizadas se forem agendadas pela própria Secretaria de Saúde, já que é essa a nossa responsabilidade , as demais viagens como consultas e procedimentos particular, consultas marcadas por Vereadores e terceiros só serão disponibilizados carros conforme disponibilidade na Secretaria (se já tiver viagens agendadas e vagas disponíveis).

Então a orientação é: Antes de agendar o seu procedimento particular ou solicitar ele á terceiros ligue para a Secretaria de Saúde e solicite as datas que terá carros disponíveis.
Infelizmente é humanamente impossível atender a toda população com carros e motoristas.

Precisamos antes de tudo atender as urgências e emergências e as viagens SUS marcadas pelo sistema , essa é a nossa responsabilidade, essa é a nossa obrigação.

Nenhuma descrição de foto disponível.

Publicado por: Chico Gregorio


18/03/2019
10:09

247- “Alguém sabe fazer uma lista do que o Brasil pretende obter com a visita de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos?”, questiona o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço; “Sabemos só que vamos fazer concessões: a Base Aeroespacial de Alcântara entregue, quase como um enclave, aos norte-americanos, o fim da exigência de vistos para que seus cidadãos entrem no país, enquanto os nossos têm de cumprir o rito de provar que não querem fugir para lá”, aponta

Publicado por: Chico Gregorio


18/03/2019
06:52

De sapatênis marrom e meia verde-abacate, Fernando Henrique Cardoso recebeu o Estado nesta segunda-feira, 11, no centro de São Paulo, para falar do tema de seu mais recente livro: a juventude. Contou entusiasmado que tem ido caminhar na Avenida Paulista aos domingos, quando a via é fechada para os carros, e disse que tem procurado se adaptar ao modo de pensar das redes sociais, nas quais procura sempre se manter presente. “Eu tenho 87 anos. Quando nasci, a vida era diferente. E daí? Bom não é o passado, é o futuro”, disse o sociólogo e presidente do Brasil por dois mandatos (1995-1998 e 1999-2002).

FHC queria deixar a política partidária de lado na conversa e se concentrar apenas no lançamento de Legado para a Juventude Brasileira (Editora Record), uma coautoria com a educadora Daniela de Rogatis. Porém, ao abordar as redes sociais, acabou analisando o uso do Twitter pelo presidente Jair Bolsonaro: “É muito difícil pensar ‘tuitonicamente’, você pode, no máximo, emitir um sinal”. Para o ex-presidente, a democracia exige raciocínio e a rede social é operada por impulso.

O cacique tucano e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
O cacique tucano e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

Foto: Nacho Doce / Reuters

Questionado diretamente sobre o comportamento de Bolsonaro e de seus filhos (Flávio, Eduardo e Carlos) nas rede sociais, FHC se disse preocupado com o envolvimento da família no “jogo do poder” porque “leva o sentimento demasiado longe” e disparou: “Eu acho perigoso. É abusivo, polariza (…) Nós estamos assistindo ao renascimento de uma família imperial de origem plebeia. É curioso isso. Geralmente, na República, as famílias não têm esse peso”. Segundo ele, “Bolsonaro está indo mal por conta própria”. Leia a entrevista:

Como surgiu a ideia deste seu mais recente livro?

A ideia foi da Daniela de Rogatis, de fazer um livro que resumisse um pouco o que eu tento passar para as novas gerações. É uma coautoria. Também foram acrescentadas aulas que eu dei, uma coisa é falar, outra é escrever.

Qual é o legado que se pode deixar para a juventude brasileira neste momento?

Procuro transmitir um sentimento de amor ao País, respeito ao povo e valorar a democracia. Fui ministro da Fazenda, conheço um pouco de economia, acho que o crescimento econômico é importante, mas a mensagem principal está nos valores e na crença de se ter organizações abertas em que todos possam participar. Tenho em minha fundação atividades com os jovens. Uma é essa, que se deve basicamente a Dani Rogatis, que tem como alvo jovens de famílias empresariais. Há um outro grupo de pessoas, estudantes de curso secundário, escolas públicas e privadas, escolas profissionalizantes. Eles me perguntam qualquer coisa e eu só não gosto de responder a questões de política partidária, não é o meu objeto fazer pregação. O curioso é que as perguntas dos dois grupos, que são diferentes quanto à renda, não são muito diferentes.

O senhor se atualiza com esses encontros?

Claro, é bom manter contato com as gerações mais jovens, participar das inquietações deles também. Eu tenho 87 anos. Quando nasci a vida era diferente. E daí? Bom não é o passado, é o futuro. Sem desprezar o que já aconteceu.

O livro expressa uma grande preocupação com a ausência de líderes de peso. Por quê?

A sociedade contemporânea, paradoxalmente, na medida em que as estruturas e os partidos deixaram de ser tão significativos, porque o contato direto é mais fácil, requer referências. Essas referências só existem quando existem pessoas que as simbolizam. Isso significa que pode estar faltando rumo, alguém para dizer para onde nós vamos. O (Nelson) Mandela na África era isso. Certa vez fui com ele a uma reunião em uma área quase florestal da África do Sul. Quando ele chegou, mesmo sem falar, ele transmitia uma emoção. O que ele estava dizendo não era tão surpreendente. Ele era surpreendente, ele transmitia, ele significa. O mundo precisa disso, de pessoas que apontem rumos mesmo sem falar. Aqui no Brasil, infelizmente, tem muita gente falando e muito pouca gente simbolizando qualquer coisa. Eu posso não estar de acordo com o Lula, mas ele simbolizou em certo momento. Eu vi, em greves, ele simbolizava, por exemplo.

E na transição de seus mandatos para o dele ambos simbolizaram alguma coisa, não?

Bastante. Eu vou publicar o último volume dos meus Diários da Presidência e você verá como trabalhamos com muito afinco para ter uma transição civilizada. Sabe por quê? Pelo meu amor à democracia. É preciso entender que na democracia mudam os ventos, mas certas regras permanecem e precisam ser valorizadas. No caso do Lula é visível. Ele vinha contra mim, contra o PSDB, mas ele ganhou a eleição. Eu digo a mesma coisa com relação ao Jair Bolsonaro. Ele ganhou a eleição e eu não torço para que ele vá mal. Ele está indo mal por conta própria.

De que maneira o senhor acha que essa comunicação via redes sociais impacta a política?

Primeiro, é difícil o Twitter. Você dizer alguma coisa naquele pouco espaço disponível não é fácil. Em geral as pessoas não dizem quase nada, apenas manifestam o que estão fazendo. Isso passou a ser o modo com que as pessoas acham que pensam. É muito difícil pensar “tuitonicamente”. Você pode, no máximo, emitir um sinal. Nós estamos vivendo uma transformação de uma sociedade na qual as elites eram reflexivas para uma sociedade na qual todos são impulsivos. Isso tem efeito. É bom? É mau? Eu não quero julgar. Como a democracia vai se ajeitar com isso é a grande questão. A democracia requer reflexão, escolhas. O Twitter leva mais ao impulso do que a uma escolha racional, e democracia necessita de algo um pouco racional.

Como o senhor vê a maneira como o presidente Bolsonaro e os filhos dele, que são jovens, usam as redes sociais?

Eu acho perigoso. É abusivo, polariza. O Twitter facilita isso, o nós contra eles. Isso para a democracia não é bom. Os líderes de várias tendências não deveriam entrar nesse choque direto. Nós estamos assistindo ao renascimento de uma família imperial de origem plebeia. É curioso isso. Geralmente, na República, as famílias não têm esse peso. Quando têm, é complicado, porque a instituição política não é a instituição familiar, são coisas diferentes. Quando você tem a instituição familiar assumindo parcelas do jogo de poder, você leva o sentimento demasiado longe. O jogo de poder requer um equilíbrio estratégico, de objetivos e meios para se chegar lá. Quando a pura emoção domina é um perigo, porque você leva ao nós e eles: está do meu lado ou está contra mim?

A preocupação do senhor com a radicalização tem sido grande?

Radicalizar no sentido de ir à raiz da questão, não como oposição. O que é central para um sujeito que não seja do Centrão fisiológico? Para mim, são duas coisas basicamente, a crença na democracia e o sentimento de que é preciso maior igualdade social, isso é o miolo do que é radicalmente centro. Nesse livro, isso reaparece, porque faz parte de treinar a pensar no Brasil. Eu tenho uma preocupação com a concentração de renda e poder, me preocupa também que a diferença entre Nordeste e São Paulo seja muito grande. Você não deve deixar que uma nação se divida. A função do Estado é ter maneira de induzir o crescimento e equalizar as oportunidades. Está muito desigual o Brasil.

O senhor diria que este livro é mais pessimista ou otimista?

A despeito de tudo, é mensagem de otimismo. Eu não posso ser pessimista. Vim para São Paulo em 1940, vi esta cidade crescer e continua crescendo. Tem 18 milhões de habitantes e todos os dias de manhã tem pão, ônibus, luz elétrica. Ainda é precário? Pode até ser, mas o Brasil mudou para melhor, não foi para pior. Para a classe média alta, talvez a vida seja mais dura. Mas quem pertencia a essa classe há 50 anos? Um grupo pequeno. De vez em quando eu vou passear a pé na Avenida Paulista aos domingos, quando ela está fechada para carros. Você vê o pessoal usufruindo a cidade, não tem briga, é só você não ter medo dos outros. Estão desfrutando a vida. Isso não havia. É uma experiência interessante. É gente que mora na periferia e vem para a Paulista, para a Augusta, para o Minhocão aos domingos usufruir democraticamente da cidade.

O conceito de democracia está em risco no Brasil?

Isso me preocupa. A juventude atual é mais bem-nascida do que a anterior. Desfruta de algumas coisas como se elas fossem dadas. Não sei se isso vai gerar solidariedade. Com quem as pessoas se preocupam na Europa? Com os de fora, com os imigrantes. Aqui, não. São os de dentro que não têm. É preciso despertar nos jovens desse grupo a consciência disso, sem fazer demagogia.

Por que a juventude chegou a um momento de descrédito com os partidos e as instituições?

A forma de organização da produção e da vida na sociedade, com a ligação direta na internet, mudou as coisas. Os partidos não se adaptaram. Os candidatos, alguns, sim. As instituições ficaram aquém das pessoas no mundo todo e isso criou a ilusão de que você pode ter a democracia direta.

 

Fonte: Terra

Publicado por: Chico Gregorio


18/03/2019
06:48

Em áudio, irmão de Cássio ameaça agredir secretário do Governo:

O ex-vice-prefeito de Campina Grande, Ronaldo Cunha Lima Filho, ameaçou agredir o secretário executivo de Estado da Comunicação, Tião Lucena. Em áudio, Ronaldo desafia o secretário a comparecer a um encontro onde o “encheria de porrada”.

“Vou lhe responder dando porrada, que é o que você merece”, diz Ronaldo. O Cunha Lima afirma estar sendo ‘detratado’ por Tião em um grupo de ‘amigos’, que o próprio Ronaldo classifica como “gangue”.

O ex-vice-prefeito chega a recordar que mantinha uma boa relação com Tião, mas que agora o secretário executivo do Estado “se tornou um canalha vendido”, que, segundo Ronaldo, “envergonha a família”.

Fazendo uso de termos chulos, Ronaldo Cunha Lima diz que gravou o áudio justamente para que Tião use-o para divulgar. “Use esse áudio. Propague esse áudio”, diz Ronaldo.

– Fica feito o desafio. Você num é brabo, macho?! Se quiser me encontra, a gente se encontra hoje, pra eu encher você de porrada.

A resposta às palavras de Ronaldo Cunha Lima veio também em áudio respondido por Miguel Lucena, que diz ser irmão mais novo de Tião. “O que acha de marcar comigo lá no Gulliver, onde seu pai atirou na boca de Burity”, alfinetou.

Ouça os áudios na íntegra:

 

PB Agora

Publicado por: Chico Gregorio


18/03/2019
06:44

Agora, ele assume um mandato até 31 de dezembro de 2020. (Foto: Walla Santos/ClickPB)

Vitor Hugo (PRB) foi eleito prefeito de Cabedelo com 23.169 votos, neste domingo (17), na Eleição Suplementar do município. Ele disputou o cargo com Eneide Régis (PSD), Marcos Patrício (PSOL) e José Eudes (PTB).

Vitor Hugo já atuava como prefeito interino desde que Leto Viana foi preso em abril de 2018 e renunciou ao cargo em 16 de outubro do ano passado. Como o então vice-prefeito Flávio Oliveira morreu em 15 de julho, houve vacância dos cargos e isso motivou a Eleição Suplementar.

Agora, Vitor Hugo assume um mandato até 31 de dezembro de 2020. No ano que vem, serão realizadas Eleições Municipais regulares em todo o Brasil. O vice-prefeito será Aguinaldo Silva (PSB).

Via ClickPB

Publicado por: Chico Gregorio


18/03/2019
06:33

Diante de uma plateia de cerca de 100 fãs e representantes da direita americana, no Trump International Hotel, o guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, afirmou que, até hoje, não sabe quais são as ideias políticas do presidente Jair Bolsonaro, mas que o apoia por ele ser “um homem honesto e não ser ladrão”.

O escritor voltou a atacar a imprensa, dizendo que “todos os jornalistas são viciados em drogas” e que a mídia é culpada pela imagem de Bolsonaro de fascista e violento. Ele foi homenageado por Steve Bannon, ex-estrategista do presidente Donald Trump, com uma exibição do documentário sobre sua vida, Jardim das Aflições.

“Mesmo se o Bolsonaro fosse dono de um bordel ele seria menos perigoso que o (candidato petista) Fernando Haddad, por isso o povo votou nele, não por causa de suas ideias políticas, que até hoje não sei quais são; ele fala de um assunto ou outro, mas nunca vi uma concepção geral, uma ideologia”, disse.

“Eu não sei quais são as ideias políticas dele [Bolsonaro]. Conversei com ele quatro vezes na vida, porra”, afirmou a jornalistas. Na saída, Olavo mostrou-se pessimista com o futuro do Brasil e disse que, se o governo continuar como está por mais seis meses, acabou.”

O presidente está de mãos amarradas. Não sou capaz de prever [até onde vai] mas, se tudo continuar como está, já está mal. Não precisa mudar nada para ficar mal, é só continuar isso mais seis meses e acabou”, afirmou.​​

Olavo foi apresentado por Bannon à plateia como peça importante para o que ele chama de “O Movimento”, grupo de governos populistas de direita em ascensão em países como Brasil, EUA, Hungria e Itália. “Olavo não é importante apenas para o Brasil, ele tem uma importância no contexto mundial do movimento populista de direita, é um pensador seminal”, disse.

Bannon disse à Folha que conhecia Olavo por seus vídeos e por uma discussão fascinante que o escritor teve com Aleksandr Dugin, estrategista do presidente russo, Vladimir Putin. “Mas só fiz a peregrinação até a casa do Olavo, onde conheci a impressionante biblioteca dele, há pouco tempo, e ele mora na minha cidade, Richmnond!”

O deputado Eduardo Bolsonaro, líder do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, também não economizou nos elogios ao guru, “uma das pessoas mais importantes da história do Brasil”. “Olavo de Carvalho é uma inspiração e sem ele Jair Bolsonaro não existiria”, disse Eduardo, que assistiu concentrado aos cerca de 1h20 de filme.

Os principais alvos do escritor, na sessão de perguntas após a exibição e na conversa com jornalistas, foram a

“Se o Bolsonaro fosse um homem assim violento, fascista, por que ele seria tão amado pelo povo? Essa foi uma imagem criada pelos jornalistas. E é a imagem passada pela imprensa internacional”, afirmou. “A mídia é louca, todos os jornalistas são viciados em drogas.”

Eduardo Bolsonaro também alfinetou a imprensa. “Olhem o Twitter da Folha, tem poucos seguidores, existem umas pessoas que ninguém conhece que têm muito mais seguidores, porque eles sempre falam a verdade. O poder está com a gente. As pessoas não acreditam na imprensa. Quando as pessoas me param na rua pra tirar fotos, elas não acham que eu sou racista, nazista, homofóbico e xenófobo.”

Na tarde deste domingo (17), o perfil da Folha no Twitter tinha 6,568 milhões de seguidores. O do presidente Jair Bolsonaro tinha pouco mais de 3,755 milhões e o de Olavo de Carvalho, 129.421 seguidores.

O escritor afirmou que o presidente está cercado de traidores e declarou que despreza o vice-presidente, general Hamilton Mourão. Segundo Olavo, Mourão “é estúpido” e tem uma “vaidade monstruosa”.

“O Bolsonaro vai viajar, ele assume temporariamente, e a primeira coisa que faz é ir pra São Paulo ter uma conversa política com Doria. Esse cara não tem ideia do que é ser vice, só sabe sobre sua vaidade monstruosa. Você acha que ele pediu permissão do presidente pra ir pra São Paulo? Eu não o critico, eu o desprezo.”

Para Olavo, Mourão se elegeu com falsidades. “Assim que foi empossado, ele mudou 180 graus: foi para o outro lado em aborto, desarmamento, não quer derrubar o (ditador venezuelano Nicolás) Maduro. “Ele também acusou o vice de ter mentalidade golpista.

“O Mourão disse isso: ‘nós voltamos ao poder por vias democráticas’. Como ‘voltamos’? Quem está no poder é o Bolsonaro, não vocês. Agora eles acham que estão no poder. E isso o que é? Golpe. É uma mentalidade golpista. Essa concepção, que é a do Mourão, é uma concepção golpista. Não sei se o golpe vai acontecer, já aconteceu, não estou em Brasília, não sei. Estou com o cu na mão pelo Brasil, não por mim. Por mim eu estou velho, posso morrer, não ligo, porra”.

Ele avalia ainda que os principais auxiliares do presidente —da ala militar do governo—​ são má influência e têm atuado para prejudicar Bolsonaro desde o início do mandato.

“Ele [Bolsonaro] deveria parar de ouvir maus conselhos. Ele é um homem sozinho, não pode confiar naqueles que os cercam, na mídia, ele tem que confiar no povo”.

A exibição foi organizada pelo financista Gerald Brant, um dos primeiros apoiadores de Bolsonaro em Wall Street e fã de Olavo. Entre os convidados, estavam Sebastian Gorka, que foi vice-assistente de Trump, e Thomas Shannon, que foi embaixador no Brasil e terceiro no Departamento de Estado

Apesar de ter indicado dois ministros, Ricardo Vélez (Educação) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores) —e estar em constante disputa com a ala militar ligada a Bolsonaro—​, Olavo nega que tenha qualquer tipo de influência no governo. Segundo ele, isso é “pequeno, vil e miserável” diante de suas ambições.

“Eu quero mudar o destino da cultura do Brasil, décadas ou séculos à frente. Esse é meu sonho, o governo que se foda, eu estou cagando para o governo. Eu sou Olavo de Carvalho, não preciso do governo, minha filha. Eu sou um escritor, falo direto com meu público, não preciso de um cargo do governo”.

Olavo disse ser mentira que tenha interferido nas demissões e nomeações no Ministério da Educação. “Só falei com (Velez) duas vezes: uma vez para parabenizá-lo, quando foi nomeado, e a segunda para mandar tomar no cu”, disse. “Eu sugeri o nome dele para a Educação e encheram o ministério de picaretas.”

Famoso pelo temperamento forte, ele bateu boca com um jornalista do Financial Times durante coquetel após exibição do filme. Indagado sobre o significado da visita de Bolsonaro aos EUA, Olavo disse que a ajuda americana é importante para que o Brasil não seja vendido pela China, e que os americanos vão comprar mais produtos brasileiros. Confrontado com a informação de que Brasil e os EUA têm uma pauta de exportação semelhante, e seriam concorrentes, Olavo afirmou: “Os dois produzem a metade dos alimentos produzidos no mundo. Eles podem fazer uma aliança para vender comida para todos”, disse.

Questionado se isso não constituiria um cartel, explodiu. “Eu não chamei de cartel. Você está pondo palavras na minha boca, você está distorcendo, você é maldoso, você é um mentiroso, você é um mentiroso”, gritou, e saiu andando. “Não quero mais falar com você, você é mentiroso.” Na saída, perguntado por jornalistas se estava otimista sobre o governo, afirmou que não, porque a mídia inteira, nas suas palavras, quer matar Bolsonaro e o presidente não tem direito de defesa.

“Isso é um golpe de Estado, vocês não estão entendendo? A classe jornalística, todos vocês”, afirmou diante dos repórteres.

Ainda de acordo com o escritor, Bolsonaro não tem reagido ao que ele chama de “fake news” por cautela dos militares que estão no governo.

“Ele não reage [às notícias falsas contra ele] porque aquele bando de milico que os cerca é um bando de cagão que têm medo da mídia”.

Carvalho disse, porém, que não vai dar nenhum desses conselhos ao presidente neste domingo (17), quando vai encontrá-lo pessoalmente durante o jantar na casa do embaixador brasileiro, Sérgio Amaral.
“Você acha que vai dar para conversar isso com ele? Não. Eu vou lá para comer”.

FOLHAPRESS

Publicado por: Chico Gregorio


17/03/2019
08:22

Resultado de imagem para fotos de natalia bonavides com trabalhadores rurais

Confira a nota na íntegra

João de “Deus” é o dono da terra ocupada pelo MST dia 13 de março, em manifestação de combate à violência sexual contra mulheres. O latifúndio improdutivo do criminoso fica em Anápolis, próximo a Brasília. João de “Deus” é acusado de praticar abuso sexual contra pelo menos 255 mulheres, desde crianças de 9 anos de idade a idosas de 67. São relatos de centenas de brasileiras e estrangeiras, que, ao buscarem ajuda espiritual, foram não apenas enganadas, mas vítimas de crime sexual. Uma delas chegou a ser abusada 20 vezes!

O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra ocupou o latifúndio de João de “Deus” como forma de denunciar as violências sexuais sofridas por mulheres e pleitear reforma agrária. A Justiça também decretou a prisão do “médium” por posse ilegal de armas de fogo. O Ministério Público e a Polícia também apuram denúncia de lavagem de dinheiro. Apoiamos a manifestação, que ocorre no mês de março, mês de luta pelos direitos das mulheres.

A participação de Natália no ato, próximo a Brasília, se deu sem prejuízo de nenhuma sessão deliberativa e sem qualquer utilização de recursos públicos ou de cota parlamentar.

Publicado por: Chico Gregorio


17/03/2019
08:09

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O secretário-geral do Ministério da Defesa, almirante Almir Garnier, disse hoje (16) que as mudanças nas regras de aposentadoria dos militares exigirão ajustes em relação a toda a carreira. “Nosso projeto é bem complexo porque não é apenas uma mudança constitucional. Ele muda várias leis. Se mexe no estatuto, tem que mexer na Lei de Remunerações e, portanto, na Lei de Pensões. Por isso, é mais trabalhoso e difícil afinar todo o projeto”, disse ele. O Estatuto dos Militares regula a situação, as obrigações, os deveres, direitos e as prerrogativas dos integrantes das Forças Armadas.

Almir Garnier participou, neste sábado, de reunião com o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, e outros representantes dos ministérios da Economia e da Defesa para analisar a proposta de mudança na aposentadoria dos militares. Elaborado pelo Ministério da Defesa, o projeto deve ser encaminhado ao Congresso Nacional no próximo dia 20, depois que a equipe econômica do governo e os representantes dos militares chegarem a um consenso.

Segundo o secretário, a reunião serviu para que os técnicos “afinassem” alguns pontos da proposta inicial, do Ministério da Defesa. “Há sempre alguns detalhes que precisam ser ajustados. É um processo normal para que, quando o presidente enviar o projeto ao Congresso, o texto esteja o mais alinhado possível, não deixando margens para dúvidas”, comentou Garnier ao fim do encontro.

Ao destacar a necessidade de “afinar todo o projeto”, o almirante afirmou que enquanto houver prazo, os técnicos dos ministérios da Defesa e da Economia continuarão debruçados sobre a proposta. “Estamos trabalhando com o prazo do dia 20 que, para nós, é imexível. Enquanto houver prazo, vão surgir questões para melhorar o texto e vamos afinar [a proposta].”

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, lembrou que entre as preocupações dos representantes dos militares está a futura reestruturação da carreira. “Eles alertam – e eu acho legítimo que o façam – que, daqui para a frente, é preciso pensar a reestruturação das carreiras militares”, disse Almeida, citando fatos que, segundo ele, evidenciam a diferença de tratamento entre as carreiras públicas civis e militares. “Algumas carreiras civis tiveram aumentos brutais e [receberam] algumas coisas que o Tribunal de Contas da União [TCU] tem contestado. Uma série de coisas que os militares não tiveram”, acrescentou.

Para Almeida, outro aspecto a ser encarado é a “grande disparidade” entre as Forças Armadas e as corporações militares de alguns estados. “Em alguns estados, há coronéis da PM ganhando muito mais que um coronel quatro estrelas das Forças Armadas. Em alguns estados com problemas financeiros, o soldo de um policial militar em final de carreira é igual ao de um desembargador.”

Sobre a reestruturação da carreira militar, o almirante Almir Garnier disse que ela pode ajudar as Forças Armadas no processo de tornar-se mais meritocrática e eficiente com os gastos públicos. “Se aumentamos o tempo de serviço [dos atuais 30 anos] para 35 anos, temos que ajustar a carreira militar, pois as atuais idades limites já não servem mais. As pessoas passam a poder permanecer em determinados postos e graduações por mais tempo. Tudo está interligado e reflete também sobre economia e despesas”, acrescentou.

Agência Brasil

Publicado por: Chico Gregorio